sábado, 5 de julho de 2014
SECULO XIX - BRASILEIRAS COM POUCO FÓLEGO, DE ACORDO COM GILDA DE MELLO E SOUZA
A sociedade brasileira, uma sociedade patriarcal, manteve no século XIX e nas primeiras décadas do século XX, uma mulher com atitudes tolhidas e com falta de naturalidade no trato com os homens.
Nas roupas masculinas os motivos ou apelos sexuais vinham em segundo plano.
Até o século XIX, de acordo com a escritora Gilda de Mello e Souza, não havia distinção entre os tecidos usados pelos homens e os usados pelas mulheres. A diferença de fazendas se relacionava antes com a condição social e com o tipo de traje do que com o sexo.
Para se entender a moda é necessário inseri-la no seu momento e no seu tempo e descobrir as ligações ocultas que mantem com a sociedade.
A moda serve à estrutura social, acentuando a divisão de classe.
Para Gilda de Mello e Souza, autora do" Espírito das roupas "(editora Companhia das Letras), outro contraste não tão nítido que o da oposição dos sexos é o da oposição de classes numa sociedade que tende a se revelar através de certos sinais exteriores, como a vestimenta, as maneiras, a linguagem.
E as heroínas dos escritores nacionais Machado de Assis e de José de Alencar só tinham status econômico e social através do casamento.
José de Alencar afirmou "de certa uma mulher é indispensável e uma mulher bonita é o meio pelo qual o homem se distingue no 'grand-monde'".
Gilberto Freyre disse: "A mulher , no criativo Brasil patriarcal foi, evidentemente uma vitima do quase absoluto domínio sobre ela, da vontade, a princípio do pai, em seguida do esposo.Mas, em compensação, foi principalmente, quando sinhá ou sinhazinha, mimada, cortejada, valorizada esteticamente pelo seu dominador".
(anotações que encontrei nos meus arquivos focando, sobretudo, o livro "O Espirito das roupas" de Gilda Mello e Souza.
Acima, foto de José de Alencar; abaixo, foto de Gilberto Freyre
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