Jogado em fogueiras nos anos 60/70 do século XX, o sutiã ( no caso do biquini), deixou de frequentar as praias europeias há mais de trinta anos. Rachel, minha irmã mais velha, me disse, tempos atrás, que o topless (traduzindo, ao pé da letra, sem a parte de cima) garantiu,na Europa, o fortalecimento nos direitos iguais para homens e mulheres.
Agora, no século XXI, surge um movimento pelo topless na praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Parece que depois de colocarem a bunda - nem sempre bela - (quase) totalmente de fora com o fio dental, as mulheres que moram no Rio de Janeiro, que vem a ser o segundo colocado no ranking dos estados mais siliconados do país, desejam "libertar" seus seios.
Vale destacar que, segundo a coluna Gente Boa do jornal O Globo (edição de 22/01/2015) "a procura por implantes de silicone aumentou consideravelmente no país em 2014. E o maior fabricante da América Latina, a Silimed registrou vendas 37% maiores de próteses para os seios em setembro do ano passado - justamente o mês-limite para as mulheres que implantaram possam saracotear sem medo durante o carnaval."
De acordo com Ana Paula Nogueira,organizadora da segunda edição do toplessaço, que ocorreu na última terça-feira, dia 20 de janeiro, foi boa a repercussão do movimento. A mulher Melão, com seus seios siliconados, participou e gerou midia. "Vários sites de celebridade fizeram matéria", afirmou Ana Paula à coluna Gente boa, do jornal O Globo (edição de 23 de janeiro de 2015).
O topless na Europa significou uma arte de expressão, de contestação, de reação e de busca de igualdade com os homens, sem utilizar palavras. O movimento Femem põe os seios de fora, no seculo XXI para contestar, para questionar. Aqui no Rio de Janeiro, em 2014, o que significa um toplessaço?
Na próxima semana, postarei uma pequena história da lingerie, particularmente do sutiã.
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