Até os anos 30 do século XX, os jardins brasileiros tinham inspiração européia: camélia florida, azaleia e magnólia.
Ninguém dava importância pra as paineiras, cactos ou helicônia, pois as plantas bem brasileiras eram tratadas como mata. Isso até Burle Marx (1909-1994), artista plástico que ficou "renomado internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista", ter a coragem de encher parques e jardins (inclusive de mansões) com espécimes da mata atlântica, do cerrado, da floresta amazônica e até da caatinga.
Na moda, o Brasil passou algumas (muitas) décadas do século XX se vestindo à moda européia e, posteriormente, compôs um mix da moda européia com a moda norte-americana.
Para a história e para os historiadores não há temas mais "nobres" do que outros. O campo de estudo da história é inesgotável.
Em tempo: quando você lê um livro didático saiba que ele poderia ter sido escrito de outra maneira, tão válida quanto a maneira usada para escrever o livro que você leu. Por isso não se esqueça de que a dúvida e o questionar são atividades extremamente saudáveis. O choque de idéias, a polêmica são fundamentais para se construir um pensamento, inclusive na moda.
Afirmou o jornalista/escritor/historiador Pietro Maria Bardi (1900-1999): "A moda é o protoplasma da sociedade, fio invisível que une os fatos sociais."
E o que é protoplasma? Segundo os dicionários, " protoplasma é a substância primordial dos organismos vivos, capaz de sentir e reagir a estímulos." Protoplasma é a parte viva da célula. É a matéria, o fundamento. É vida.
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