quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
REFLEXÕES, LIVRE PENSAR
Juízo de valor: complexo de vira-lata. Ao noticiar a morte do cantor inglês George Michael e do célebre costureiro nacional Guilherme Guimarães, o jornal O Globo (edição 26 de dezembro de 2016) deu, para o cantor George Michael chamada na primeira página com foto e 3 (três) colunas de texto ilustradas por uma grande foto, enquanto o Guilherme Guimarães mereceu apenas 2(duas) colunas de texto e uma foto bem menor. Poderiam ter feito 50/50. Somos um país periférico, que não crê no valor da sua moda.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
terça-feira, 29 de novembro de 2016
A GRAMÁTICA DE ESTILO E DE COMPORTAMENTO
A gramática de estilo e de comportamento, nas ruas cariocas.
1) Vitrina com calças (calcinhas femininas)acolchoadas no bumbum: elas vendem, sempre. Há uma constante procura. Por que será?
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
CADÊ O ESTILO CARIOCA?
Seja no morro, seja no asfalto o que se vê é o de sempre: jeans, camisetas, shorts e calças-leggings, roupas (muitas em tecidos sintéticos ou lycra) bem ajustadas ao corpo. Se o tecido não combina com o clima, isto não importa. E cá entre nós: esta relação clima X tecido, clima e corpo versus modelagem é um assunto pouco ventilado. Quanto mais ignorante a (o) consumidora/consumidor, melhor é. Para que ventilar informações?
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
O RESQUÍCIO INTEGRALISTA- BELA RECATADA E DO LAR
"Uma verdadeira princesa, mantêm a postura de princesa, não importa as circunstâncias" lema da "Escola das princesas" inaugurada em Uberlândia, interior de Minas Gerais e que agora, em outubro de 2016 está abrindo suas portas na cidade de São Paulo.
"(...) E conclui que a mulher, através de séculos, atrofiou o cérebro com vantagem para o sistema medular, o que a aproxima das crianças e das raças primitivas". Do livro "A mulher do século XX" de Plínio Salgado, Livraria Tavares Martins, Porto (Portugal) - 1946
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
BELEZA NEGRA
terça-feira, 13 de setembro de 2016
ESTÉTICA GLOBAL DO BRASIL
Nos anos 70 comecei a trabalhar, como estagiária, na (extinta) Bloch Editores. Certo dia, o Roberto Barreira, diretor-editorial da Bloch Editores e da revista Desfile me perguntou se eu aceitaria trabalhar produzindo imagens, produzindo fotos de moda. Eu perguntei ao Roberto Barreira o que era aquilo, produção de fotos, pois nunca tinha ouvido falar nada sobre o assunto nas aulas, em grande maioria contendo apenas teorias, que tinha na faculdade de comunicação da UFF (Universidade Federal Fluminense). Roberto me disse de pronto: "é informar através da imagem". Topei, na hora
E fiz parte da editoria de moda que foi, então, formada na Bloch Editores, em meados da década de 70, que tinha como editora Gilda Chataignier e como subeditora Isa Goldberg. E aí não parei mais. Meus primeiros trabalhos foram nas revistas "Sétimo Céu" e "Amiga" que produziam inclusive fotonovelas nacionais. Coube a mim, no inicio, produzir moda com as atrizes que trabalhavam na TV Globo.
As primeiras produções foram realizadas com roupas de então conhecidas confecções, que muitas vezes presenteavam atrizes com peças de suas grifes. Foi o período que pode ser definido como pré-lançamento de moda pelas novelas.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
CAMELÔS DA MODA
Senhor Zeca inventou, junto com a sua esposa que é costureira, o pareô/canga que vira bolsa, ou vice-versa: a bolsa que vira canga/pareô. Disse que a sua invenção, já devidamente patenteada, trouxe uma certa tranquilidade financeira, pois tem inclusive exportado para a Espanha, Portugal e para alguns países da nossa América do Sul e também para a América Central.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
ANOS 50: OLHANDO PELO BURACO DA FECHADURA
Fecho os olhos e revejo, com detalhes, a cena que ocorreu há
algumas décadas, no século XX: No quarto, com três camas,
Rachel e Sandra conversam,
enquanto eu, com apenas seis anos, ouço e
presto atenção em cada detalhe da conversa.
Enquanto falam, elas trocam de roupa: é hora de vestir a
camisola, para dormir.
De repente, minha irmã Rachel ouve um barulho e
abre a porta. Do lado de fora, nas pontas dos pés, está nosso
irmão Marcelo, olhando pelo buraco da fechadura. Rachel dá
uma bronca bem-humorada e a partir de então, elas passam a
deixar pendurado um sutiã com enchimento de espuma, na
altura do buraco da fechadura.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
O PODER INFORMATIVO DA CAMISETA
quarta-feira, 27 de julho de 2016
A SINGELA OMISSÃO DOS MODERNISTAS
(....) O grande fato cultural brasileiro dos anos 20 do século XX foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu, em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro e contou com revolucionários da literatura e da poesia, como Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Sergio Milliet, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na pintura e escultura: Anita Malfatti,l Di Cavalcanti, Tarsila de Amaral, Victor Brecheret, na música: Villa-Lobos, Guiomar Novaes e outros.
A maioria dos participantes da Semana tinha sua filiação ideológica às vanguardas artísticas europeias, como, por exemplo, o futurismo, o dadaismo, o cubismo e o expressionismo. E durante a realização da Semana de Arte Moderna todos os participantes se vestiram à moda européia. Foram modelos do estilista francês Paul Poiret, com seu caimento gênero túnica, que possuía um quê de helênico, que a pintora Tarsila de Amaral traz em sua mala, quando aqui desembarca para participar da Semana de Arte Moderna. Ou seja, discutiu-se na Semana de 1922 a questão da brasilidade em diversas áreas culturais e até na culinária. Mas hora alguma se questionou a nossa maneira de vestir "ditada então pela França" já que os próprios criadores da Semana de Arte Moderna se vestiram, o tempo todo, respeitando os parâmetros estéticos franceses.
A SINGELA OMISSÃO DOS MODERNISTAS
(....) O grande fato cultural brasileiro dos anos 20 do século XX foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu, em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro e contou com revolucionários da literatura e da poesia, como Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Sergio Milliet, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na pintura e escultura: Anita Malfatti,l Di Cavalcanti, Tarsila de Amaral, Victor Brecheret, na música: Villa-Lobos, Guiomar Novaes e outros.
A maioria dos participantes da Semana tinha sua filiação ideológica às vanguardas artísticas europeias, como, por exemplo, o futurismo, o dadaismo, o cubismo e o expressionismo. E durante a realização da Semana de Arte Moderna todos os participantes se vestiram à moda européia. Foram modelos do estilista francês Paul Poiret, com seu caimento gênero túnica, que possuía um quê de helênico, que a pintora Tarsila de Amaral traz em sua mala, quando aqui desembarca para participar da Semana de Arte Moderna. Ou seja, discutiu-se na Semana de 1922 a questão da brasilidade em diversas áreas culturais e até na culinária. Mas hora alguma se questionou a nossa maneira de vestir "ditada então pela França" já que os próprios criadores da Semana de Arte Moderna se vestiram, o tempo todo, respeitando os parâmetros estéticos franceses.
quinta-feira, 21 de julho de 2016
(...) E O NOSSO COLONIALISMO INCURÁVEL !!
"Papai, a gente não pode nem ...nada ...!" Com imensa dificuldade para respirar, meu irmão Antonio Guilherme assim definiu a sua falta de ar, a falta de fôlego provocadas por uma pneumonia que o deixou prostrado, sem forças para brincar, quando ainda estava com apenas três anos de idade. Eu só nasceria seis anos depois. Mas a história da pneumonia dupla do meu irmão correu, durante alguns anos, de boca em boca entre os meus outros irmãos mais velhos, primos, parentes e amigos da família. Diziam (e ainda dizem) que por pouco, muito pouco, ele não tinha morrido ... asfixiado ...!
domingo, 17 de julho de 2016
APROXIME-SE DO FATO, ATRAVÉS DAS FOTOS
"Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português."
Coube aos nossos colonizadores "vestir"os indígenas, de acordo com o poema de Oswald de Andrade (postado, acima). Com a roupa veio a radiografia de comportamento.
terça-feira, 12 de julho de 2016
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA - 1816
Com a vinda da missão artística francesa, em 1816, surgiram as casas projetadas de acordo com requisitos de conforto e higiene habitacional. Deveu-se isso ao arquiteto Granjean de Montigny, membro da missão francesa, que introduziu entre nós o acadêmico estilo neoclássico então em voga na Europa. E graças à escola que ele criou, formando alunos que aqui viviam e moravam, já no Brasil Império os bairros aprazíveis encheram-se de chácaras com palacetes e solares esplendorosos. Foi a época dos grandes jardins, com alamedas de cascalhos, caramanchões, fontes e cascatas, cisnes e pavões, viveiro de pássaros.
terça-feira, 5 de julho de 2016
ESTÉTICA BRASILEIRA NO SÉCULO XIX
A viajante inglesa Maria Graham ficou surpresa ao descobrir a vida enclausurada física e mentalmente (pois eram obrigatoriamente analfabetas) das mulheres da alta burguesia do Brasil Colônia, conforme registrei na postagem do dia 30 de junho de 2016.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
A ESTETICA NO BRASIL COLONIA SEGUNDO MARIA GRAHAM
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQgzWCDX796s6o6sNh0imjsZ-t_vnQFBOzjDVG4c2FSzfgP9rjG
http://www.artistasplasticoschilenos.cl/658/articles-40521_foto.thumb_foto_presentacion.jpg
A inglesa Maria Graham realizou, no inicio do século XIX, algumas visitas surpresas a casas da alta sociedade brasileira, casas de pessoas influentes/destacadas, na época. O que chamou a atenção dela foi a sujeira, a falta absoluta de conforto e a total ausência de qualquer preocupação de decoração.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
REFLEXÕES SOBRE O COMPLEXO DE VIRA-LATA NO VESTIR
O complexo de inferioridade, o complexo de vira-lata no vestir nasceu no Brasil Colônia. O Brasil tinha, no século XVIII uma pequena indústria têxtil e de calçados que foi condenada por decreto de D.Maria, que entrou para a história como "A louca" em função de uma doença mental que manifestou nos últimos 24 anos da sua vida; ela veio a falecer no Rio de Janeiro, aos 81 anos, em 20 de março de 1816
terça-feira, 14 de junho de 2016
COMPLEXO DE VIRA-LATA NO VESTIR
Comprar grifes e mais grifes, sobretudo as caras grifes internacionais, exige dinheiro,muito dinheiro.
Ao ler sobre as compras no exterior da mulher e da filha do deputado federal Eduardo Cunha lembrei-me da necessidade que muitas pessoas , no Brasil, têm, ainda hoje, de marcar/acentuar a desigualdade social através do vestir.
segunda-feira, 6 de junho de 2016
PRODUÇÃO DE MODA E JORNALISMO VIA UNIVERSIDADE ABERTA
: MADE IN BRAZIL
Ex-votos: cabeças, pernas e mãos, pedaços do corpo humano, reproduzidos em cera ou barro, uma manifestação típica da religiosidade popular são o cenário de uma parte do desfile primavera-verão de uma conhecida etiqueta carioca. O público bate palmas ao reconhecer, nesta interpretação ou neste ritual, símbolos da brasilidade.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
VITRINA: ALMA DO NEGÓCIO II
Vermelho é a cor usada para anunciar liquidações. Só que muitas lojas, no Rio de Janeiro e em vários outros estados brasileiros, utilizam a palavra liquidação em inglês: sale. Será porque acham que fica mais chique? Podem enviar suas opiniões, por favor.
A cor vermelha significa paixão, energia, força, transformação, coragem, sentimento, ação.Simboliza o ser humano e a terra. O vermelho também é chamado de encarnado ou escarlate. Nas vitrinas em época de liquidação, a isca para atrair os olhos são as ofertas e o vermelho, cor-chamariz.
Muitas compras são motivadas pelos produtos em exposição na vitrina. Mas sempre vale destacar que a vitrina deve estar em consonância com o que o cliente vai encontrar no interior da loja.
sábado, 28 de maio de 2016
REVOLUÇÃO FRANCESA E O DIRETÓRIO (1780-1799)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10154374020634928&set=a.10151655395519928.1073741829.776029927&type=3
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/27/actualidad/1464300764_523657.html?id_externo_rsoc=FB_CM "
"Este é um retrato de um país de exclusões.
Um retrato que todos(as) os(as) que defendem reformas profundas, que diminuam as abissais distâncias sociais deste país, não quer ver mais." do facebook - professora Kátia Gerab Baggio - UFMG.
https://www.facebook.com/midiaNINJA/photos/a.164308700393950.1073741828.164188247072662/664231300401685/?type=3
Há três dias, mais precisamente dia 25 do corrente, a coluna do Ancelmo Góis (jornal O Globo) publicou a seguinte nota: " Como paródia ou farsa, a História da Revolução Francesa se repete, em versão chanchada, aqui nos trópicos. Derrubaram a monarquia petista e agora, deceparam as cabeças dos "revolucionários" Cunha e Jucá. Só que a dupla está mais para os personagens de Romeu (Oscarito) e Julieta (Grande Otelo) em "Carnaval de fogo" de 1949 , do que para o guilhotinado Danton (1759-1799)"
Na mesma edição do jornal O Globo (25/09/2016) há uma reportagem sobre o Country Club, o clube mais exclusivo do Rio de Janeiro. Agora, lá, nas dependências do Country Club, as babás só podem utilizar o banheiro das crianças. Segundo uma sócia, " (...) as babás não necessariamente são pessoas extremamente educadas. Infelizmente, nem todas as classes têm acesso (no Brasil,observação minha) à mesma educação. Elas não necessariamente vão puxar a descarga ou deixar o banheiro limpo. Não é nada contra as babás. É questão de ordem e disciplina" (sic!). E por que ela e diversas outras sócias do exclusivo Country Club entregam seus filhos, diariamente, aos cuidados de mulheres tão sem educação? Na reportagem, nada falaram sobre essa questão, vital.
A nota sobre a revolução francesa no Anselmo Góis e a reportagem sobre as babás mostram o de sempre: o velho novo que nunca sai da moda, infelizmente, no Brasil. E desde ontem, dia 27 de maio, o assunto nas redes sociais, o assunto nos jornais ,o assunto nos canais de televisão, o assunto brasileiro no exterior é um só: o estrupro de uma moça de apenas 16 anos, por 30 (trinta) homens. Definitivamente, o Brasil ainda não amadureceu o seu espirito republicano. Pois na França, o quadro de Eugéne Delacroix, 1830," La liberté guidant le peuple" (a liberdade guiando o povo) que traduz o espirito da revolução francesa, traz os "sans culottes" e sobretudo, como figura central, traz uma mulher com os seios de fora, sem espartilho, como simbolo maior da república francesa, sempre em luta pelos seus direitos: faz dias que as ruas da França estão tomadas pelos manifestantes lutando pela manutenção dos direitos trabalhistas. Eles não descansam e vão para as ruas brigar por direitos conquistados, que agora, o atual governo eleito pelo voto democrático (vale destacar) deseja "cassar" ou retirar parte.
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