Deu na coluna do Ancelmo Góis (jornal O Globo, edição de 22.04.2014)
"Efeito Popuzada - A Du Loren vendeu cem mil calcinhas com enchimento, em março. É que o recheio costurado no microshort aumenta em até duas vezes o tamanho do bumbum."
Acima, na foto, uma gravata de papel, com a imagem de um super bumbum. Esta "gravata"foi super vendida no carnaval.
Quando realizamos ( a assessora de imprensa Laura Oldenburg, o professor e artista plástico Robson Granado e eu) em 2009 -- a exposição "As dez calcinhas que abalaram o mundo" apresentamos em quadros (criações de Robson Granado) e também num varal os dez modelos "históricos".
Um deles era a calcinha com enchimento, coisa nossa. Mas fabricar gravatas de papel colorido com bumbum estampado é transformar a mulher brasileira em bunda. E depois reclamam das imagens que a Fifa andou divulgando do Brasil.
Como dizem Rita Lee e Zélia Duncan na música Pagu "(...)Não sou freira nem sou puta. (....) Nem toda brasileira é bunda. Meu peito não é de silicone."
Para finalizar, com chave de ouro, a poesia sobre a bunda, "que engraçada" do imortal Carlos Drummond de Andrade
A bunda, que engraçada
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora — murmura a bunda — esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
(Poesia de Carlos Drummond de Andrade)A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora — murmura a bunda — esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
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