domingo, 27 de abril de 2014

QUEM LANÇA MODA NO BRASIL?

  Para o estilista Walter Rodrigues, quem lança moda no Brasil é a tevê, mais precisamente a novela das oito (vinte) horas que agora é a novela das nove (vinte e uma) horas. E de acordo com o professor e escritor Antonio Candido, a novela (das oito/nove) é o nosso elo de unificação nacional.
E agora o grande modismo são as unhas azuis que foram lançadas pela personagem Clara (interpretada por Giovanna Antonelli) na novela "Em familia" de Manoel Carlos.
Abaixo, escaniei uma reportagem de Denise Assis, publicada na revista Manchete, Bloch Editores O título é uma pergunta:  "EXISTE MODA BRASILEIRA?".  Fotos de David Drew Zingg, Jacques Avadis e do arquivo da Bloch Editores.

" Entre alta-costura e "haute-coûture" existe toda a diferença do mundo. A moda mais colunável procede, há séculos, da mesma meca: Paris. Durante a Segunda Guerra, a Austria importou centenas de 'costureirinhas' francesas, na tentativa de transformar Viena em um grande centro produtor. O projeto não foi avante. Hollywood enquanto isso, criava gerações sucessivas de grandes figurinistas. Mas Edith Head, Adrian e outros continuavam buscando inspiração no requinte da velha Gália. O mundo girou. A moda mudou, o prêt-à-porter se impôs e hoje, nesta época de jeans universais, só ricaços excêntricos têm 5 ou 10 mil dólares para dar por um vestido 'soirée'. Como se explicam, então, as clientelas principescas de grandes alfaites, como o siciliano Litrico? As respostas estão aqui, com a palavra , os 'connoisseurs'.

 Além dos depoimentos acima, há o depoimento de  Guilherme Guimarães que afirma: "A moda não tem pátria. Se as pessoas no Brasil tivessem alguma noção de moda entenderiam que a moda francesa, italiana, norte-americana, brasileira são todas internacionais. Ou, para ser brasileira, é obrigatório vestir uma baianinha?"
E a estilista Regina Lebelson (na época criadora, supervisora da Butique Lebelson), diz: "Existem os adaptadores da moda internacional. Lançadores e criadores não existem. E eu acho que é mais difícil adaptar do que criar. Esses adaptadores trabalham com material brasileiro como, por exemplo, o nosso bordado, a renda e o colorido. O algodão nacional é magnifico e dá margem a um grande aproveitamento. Acho que há possibilidade de exportar a confecção brasileira explorando, inclusive, o bordado."






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