A BUNDA E O TURISMO NACIONAL

   
     


      
       A bunda nacional empodera o turismo nacional? Que a bunda caiu, faz tempo, no gosto nacional, todos sabem.      O artista plástico Miguel Paiva, traduziu, através do seu personagem Gatão de Meia-Idade, a mania de muitos ao "girar acintosamente para olhar toda bunda que passa", na charge editada em 29 de novembro de 2009, no jornal O Globo. Mas Miguel Paiva não faz mais parte da equipe de redação do jornal O Globo. Por que será?
   

ETHEL MOURA COSTA E CLAUDE MONET; MODA & ARTE

   





      Meus pensamentos, minhas idéias surgem de montagens, semelhantes às colchas de fuxico ou às toalhas e aventais criadas com velhas gravatas (do meu pai e do meu tio)por vovó Marieta e Joana (Nanã). 
     Ontem, recebi, através do facebook, imagens do meu sobrinho Guilherme e de sua companheira Kênia em visita aos jardins de Monet em Giverny, França.
    
     Imediatamente me lembrei da estilista Ethel Moura Costa (criadora da etiqueta Bijou-Box) que, no final dos anos 90, me deu de presente um chapéu de palha lindíssimo. Na época, Ethel me disse  que a sua fonte de inspiração, para criar aquele chapéu, tinha sido o  pintor impressionista Claude Monet, de quem Ethel era fã de carteirinha. 
     

AS PEDALADAS ESTÉTICAS DA VÓ MARIETA

        Vovó Marieta pedalava diariamente sua máquina de costura, que funcionava no pedalo, sem motor. Seus pés ágeis pedalavam em um ritmo hora lento, hora mais enérgico: tudo dependia do tempo que ela tinha para costurar sua nova roupa ou para customizar/reformar alguma peça que estava "esquecida" no seu baú, porque minha avó Marieta não usava armário para guardar suas roupas. Para isso, ela tinha um baú de madeira com dois andares, que  eu herdei quando ela faleceu e hoje guardo com muito carinho. 
                                          Vovó Marieta, filha de Ireneo Joffily e de Rachel Olegária Torres Brasil (meus bisavós) era ecológica avant la lettre. Ou seja, muito antes de surgir os movimentos ecológicos, ela dispensava a máquina de costurar com  motor, que já existia .  Pedalando sua máquina, ela criava suas roupas e reformava (customizava) roupas antigas, guardadas, literalmente, no fundo do baú.
                                        Fuxico, vovó Marieta também sabia fazer e geralmente tinha a colaboração de Joana (mais conhecida como Nanã). Colchas, cortinas, carteiras de fuxico eram criadas enquanto elas trocavam idéias. Tenho comigo uma belíssima colcha de fuxico que Joana -Nanã me deu, faz tempo. Joana -Nanã já se foi; vovó Marieta se foi bem antes da Joana. Mas delas trago comigo: uma colcha de fuxico , uma toalha de mesa e um avental, ambos feitos com gravatas antigas do meu pai Guilherme e do meu tio José-Ziu. Vovó acreditava que "nada se perde, tudo se transforma". Portanto, gravatas antigas viravam toalhas de mesa, viravam saia, viravam lindos aventais que podiam e podem ser usados por mulheres ou por homens.    
                           Outra lição que com ela aprendi: a solidariedade com as mulheres, a solidariedade com a "classe feminina". 
                             Nas fotos, minha  avó Marieta, meus pais, meus irmãos Rachel, Antonio Guilherme e Marcelo;meu tio-avô Ireneo com minha bisavó Rachel Olegária.   Recordações.
            
     

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