sábado, 31 de maio de 2014

A BUSCA DE UM ESPÍRITO NACIONAL NO VESTIR




Foto: Por que temos que representar o Brasil sempre como naif ????








     Zapeando pela internet, pelo facebook , pelas redes sociais. A busca de um espírito nacional: será que existe neste mundo global (vale relembrar Mc Luhan) um sistema isolado? Pode-se crescer ao  se armar contatos com culturas que tenham mais experiência que a nossa?

sexta-feira, 30 de maio de 2014

GREGÓRIO FAGANELLO - (MUITO) BREVE BIOGRAFIA

FABRIZIA GRANATIERI/AG. ISTOÉ

     "A vida profissional de Gregório Faganello é uma sucessão de descobertas. Estudante de economia na USP (Universidade de São Paulo) descobriu a vida artística e chegou a fundar um teatro, O "Vereda" que funcionava numa antiga oficina mecânica. Lá, ocorreram os primeiros shows de Maria Bethânia, no programa  "Cult Songs", que se realizava às segundas-feiras. O "Vereda" prometia ter um futuro promissor, mas veio a repressão do governo Médici e o teatro fechou. Gregório abandonou não só a USP, onde cursava o quarto ano de economia, como resolveu sair de São Paulo.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

FAST FASHION - FOREVER 21

"Taking A Stand" on #Zady #Features #Stories

   No Village Mall, novo shopping center localizado na Barra - Rj, há célebres etiquetas. Mas quem faz sucesso diariamente é a loja da "Forever 21" -- "fast fashion"-- que coloca à venda as últimas tendências em peças fabricadas em países, onde há mão-de-obra barata e, em muitos casos, escrava. 
Em outras palavras, em países onde os gastos trabalhistas são inexistentes, o que potencializa o lucro.
     As consumidoras da "Forever 21" compram muito. Na fila do provador o que se vê são mulheres carregando diversos cabides ou melhor, carregando uma bolsa-sacola com os mais diversos estilos de roupa. O que vale é a quantidade, o que se comprova andando pelo Village Mall, onde o que mais se vê é a sacola amarelo-gema de ovo com letras pretas, a sacola da "Forever 21"
     Enquanto isso, a indústria da moda brasileira continua exportando matéria-prima e importando produto manufaturado.
     De acordo com Paulo Borges, CEO da Luminosidade, empresa que promove o SPFW e o Fashion Rio, o que "salva a produção nacional é o consumo nacional."
      Mas a moda fabricada no Brasil é cara. Paulo Borges afirma que no Brasil a luz, internet, telefone também são caros ...
     A indústria de moda nacional gera 1,7 milhões de empregos diretos, sendo que 75% da mão-de-obra é feminina. Por trás de cada uma dessas mulheres há, sempre, uma família ...
      Como pensar numa moda que seja acessível, de boa qualidade e que não seja descartável?
     Reciclar e evitar desperdício é sustentável. Já esgotar recursos naturais não é sustentável.
     O conceito de sustentabilidade, de acordo com Oded Grajew - empresário, presidente emérito do Instituto Ethos - "ainda é pouco compreendido, tanto por quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
     Moda e sustentabilidade - o que sabemos sobre isto? 

     Na "Forever 21" o que vimos (Lucia Abdenur, Celina de Farias e eu) foi a utilização, na  maioria das vezes, de tecidos e malhas e lãs sintéticas. E o Brasil é um grande produtor de fibras sintéticas:  Será que estamos exportando a matéria-prima e importando o produto manufaturado, produzido em países onde, em muitos casos, não há leis rígidas contra o uso da mão de obra escrava?
"Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável", afirma Oded Grajew.
A "Fast-fashion" prejudica a moda carioca? 
E a "Forever 21", numa tradução ao pé da letra "para sempre 21, será a versão fast-fashion do "Retrato de "Dorian Gray, livro, obra imortal, de Oscar Wilde?  Desejamos ser eternamente jovens?
     
 Abaixo, link para a entrevista de Paulo Borges à jornalista Sonia Racy      
http://blogs.estadao.com.br/sonia-racy/o-fast-fashion-e-um-virus-que-infectou-a-industria-da-moda/

quarta-feira, 28 de maio de 2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

HISTÓRIA DO SUTIÃ - TERCEIRA E ÚLTIMA PARTE


 SCRC, MORRIS LIBRARY, SIU CARBONDALE

     Só nos anos 20 é que a Europa entrou no século XX. Livre, finalmente dos espartilhos, a mulher européia adotou uma nova silhueta e um novo comportamento.
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

HISTÓRIA DO SUTIÃ - SEGUNDA PARTE







     Quando surgiu o primeiro sutiã? Esta peça que hoje faz parte do nosso dia-a-dia, não tem data certa de nascimento. E nisto demonstra que possui uma natureza feminina, pouco agarrada à cronologia, talvez porque possua, dentro de si, outros ciclos, outras passagens de tempo ...!

domingo, 25 de maio de 2014

A HISTÓRIA DO SUTIÃ - PRIMEIRA PARTE



     Os espartilhos eram feitos de uma planta chamada esparto, que também é usada para fins medicinais. Daí o nome espartilho. As folhas do esparto eram empregadas para fazer cestos, cordas, esteiras e espartilhos.
 

sábado, 24 de maio de 2014

BUNDA:MANIA (OBSESSÃO) NACIONAL?

Foto: Olhem como estamos sendo apresentados pela imprensa inglesa. Isso estimula o turismo sexual na véspera da Copa? O Brasil também é culpado por essa imagem ? ---http://goo.gl/6BDm2G

     Ninguém sabe e não há registro histórico de como começou a incrível atração do brasileiro pelas bundas, bundas femininas! Comenta-se, no boca a boca, que no tempo  em que havia escravidão no Brasil, os senhores, donos de escravos, faziam sexo anal com suas escravas para evitar o nascimento de (mais) filhos bastardos. Filho ou filha não reconhecido pelo pai, era bastardo (a). Bom lembrar que não havia, na época, exame de DNA.
     Tempos depois quem aderiu ao sexo anal foram as  moças de classe média e alta que eram obrigadas a se casarem virgens. Mas como resistir aos prazeres? 
   

sexta-feira, 23 de maio de 2014

LUXO,RECESSÃO, MÚSICA E REPRESSÃO - ANOS 30-40



     UMA DÉCADA DE CONTRASTES NO CINEMA, O LUXO DAS ESTRELAS É A RESPOSTA AO CLIMA DE AUSTERIDADE E COMEDIMENTO GERADOS PELA RECESSÃO ECONÔMICA. EMERGEM, NA CENA POLÍTICA, AS DITADURAS E IDEOLOGIAS TOTALITÁRIAS. ANOS DE CENSURA NAS ARTES, NOS COSTUMES, SÃO COMPENSADOS PELO SONHO E PELA FESTA INGÊNUA DOS MUSICAIS. OS SAPATOS E A MODA REFLETEM AS APARENTES CONTRADIÇÕES DESSE TEMPO QUE ANTECEDE Á II GRANDE GUERRA. E AINDA, REAFIRMAM-SE EM ESTILO E EXTRAVAGÂNCIA POIS, MAIS DO QUE NUNCA, O SHOW TEM QUE CONTINUAR.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

TEMPOS MODERNOS. O MUNDO DE PERNAS PARA O AR - 1920-1930

Geovanna Morcelli/UOL

 MULHERES ATIVAS, IGUALDADE ENTRE SEXOS, AMOR LIVRE E ... MUITO JAZZ. O CULTO Á SIMPLICIDADE, AOS ESPORTES, AO RITMO E, SOBRETUDO, A UMA NOVA LIBERDADE.

     A nova silhueta da mulher européia, livre do espartilho, com as pernas e pés à mostra, foi a grande marca dos anos 1920. Os homens haviam permanecido nos últimos anos da I Grande Guerra do século XX (1914-1918), longe de casa, nos campos de batalha.
     É quando as mulheres passam a ocupar posições no mercado de trabalho e a precisar de roupas e sapatos adequados para se colocarem em atividade, em contraste com o ócio opulento que o estilo da Belle Époque consagrava. Igualdade entre sexos, amor livre, novo status para casadas e solteiras dentro da sociedade ... Todos estes temas centralizavam conversas.
   

quarta-feira, 21 de maio de 2014

SALVE OS ORIXÁS, SALVE A CULTURA NACIONAL!



     A revista Desfile (Bloch Editores) fez várias reportagens/produções de moda inspiradas nos orixás. Lembro-me de uma produção que trazia, nas roupas, as cores dos orixás. Na época do fim-de-ano, produzia-se várias reportagens com dicas de roupas brancas (em homenagem a Iemanjá) para o romper o ano. 
     Existe uma sincronia entre os santos da igreja Católica e os orixás, que vieram para o Brasil nos navios negreiros. 
     E o Brasil foi o último país a libertar os escravos. Daí a importância. inclusive, cultural, de se respeitar essa sincronia dos orixás com os santos católicos. Daí a importância de se respeitar a umbanda e o candomblé. O francês Pierre Verger dedicou sua vida a estudar o candomblé e a umbanda, religiões que imortalizou em lindíssimos ensaios fotográficos.
     Sim, hoje existem os evangélicos no Brasil. Mas creio que eles são inteligentes e vieram somar e não perseguir os orixás que já se banham, faz tempo, na nossa cultura popular e habitam o imaginário de muitos criadores, seja na literatura, na música, nas artes plásticas, no cinema, no teatro,  na moda, ou seja, resumindo, os orixás estão presente na arte nacional.

     Na educação brasileira foram e são muito presente as empregadas domésticas.Já afirmou o escritor e compositor Jorge Mautner que na infância ouvia os tambores da umbanda, que marcaram sua vida, graças à sua ex-babá. 
     No livro "Moda em diálogos - entrevistas com pensadores", de Tarcisio D'Almeida (editora Memória Visual, RJ - 2012) há uma entrevista do professor, pesquisador e escritor Tarcisio com a escritora e historiadora norte-americana de moda Valerie Steeele, onde ela, ao refletir sobre o desejo do novo na moda e no fetichismo  afirma: "(...) E também, pessoas da mesma geração e da mesma cultura irão optar e se submeter aos mesmos tipos de experiências empregadas, e assim, se , por exemplo, tivermos uma geração toda numa cultura que tenha grande quantidade de empregadas domésticas, como no Brasil, então você pode ter roupas de empregadas, uniformes de domésticas sendo parte do dia-a-dia das crianças brasileiras."
E, como bem lembrou o escritor Tarcisio D'Almeida, "o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre, no livro "Modos de homem & modas de mulher", apontou as ideologias, as modas, os modismos, os costumes e comportamentos do Brasil, desde o século XIX."
     No livro "moda em diálogos" Tarcisio D'Almeida traz também uma reportagem com o antropólogo, o "guru de estilos"Ted Polhemus, que ao ser indagado se , para ele " existe um design brasileiro, mesmo nessa era de de mercados globais, ele dá a seguinte resposta: "Há 50 anos a moda vinha exclusivamente de Paris . Então Londres, Nova York e Milão entraram na cena. Hoje, estamos começando a ver uma explosão final; a sugerir que novos modelos e estilistas podem vir de qualquer parte da aldeia global. Estilistas e marcas brasileiras podem desempenhar um papel significativo nessa nova ordem, contanto que tenham confiança para seguir seus próprios instintos e sua própria cultura.Ademais , deverá haver um apoio interno no Brasil possibilitando a estilistas individuais conquistar notoriedade fora. A exemplo  do que muitos países descobriram (e a Grã-Bretanha é um perfeito exemplo disso - todos os seus estilistas trabalham fora), tudo o que se tem a fazer é educar e treinar um monte de estilistas. De importância crucial é o apoio que deverão receber depois de formados.
     É preciso mostrar ao mundo que o Brasil se encontra hoje muito bem servido quanto à criatividade e excelência em moda, e que nenhum estilista, nem mesmo grife alguma, tomada individualmente, pode fazer esse trabalho sozinha." 
     Com o fim dos grupos de moda (focalizo o pioneirismo do Grupo Moda Rio)  temos talentos individuais lutando, sozinhos. Aqui destaco a camiseta "Eu 'curto" macumba" do estilista carioca Beto Neves,  numa imagem que compartilhei do facebook.











https://www.youtube.com/watch?v=eQdH3dMkENM










terça-feira, 20 de maio de 2014

Moda em "tempos desmemoriados e apáticos"

      " Criadora da Neon, uma das marcas mais relevantes da moda nacional, Rita Comparato fechou as portas do ateliê e mergulhou num processo de desintoxicação. Aos 35 anos, ela conversou com a Tpm sobre mercado, espiritualidade, drogas e sobre como ficou a parceria com o sócio, Dudu Bertholini. “Estava estressada, nervosa, com raiva 24 horas por dia”
     
         Foi na casa onde nasceu e cresceu, em São Paulo, que a modelista Rita Comparato recebeu a Tpm para duas sessões de conversa, regadas a café e macarons feitos por sua mãe, Alice. Na ampla residência de classe média alta, no Alto de Pinheiros, o silêncio é cortado por alguns poucos barulhos – a panela de pressão da casa vizinha, os passarinhos ou um eventual latido de um dos três cães (dois vira-latas, Arlindo e Athos, e um whippet, Grilo). Foi nesse aconchego familiar que Rita optou por voltar a morar depois de um período de muita mudança: a Neon, marca que criou em 2003 ao lado do estilista Dudu Bertholini e que alcançou enorme sucesso no cenário da moda brasileira, fechou as portas do seu ateliê depois de dez anos de atividade. Além disso, o fim de um namoro de dois anos (com Fralda, ex-baixista do grupo Ratos de Porão), a morte de uma figura querida – a estilista Clô Orozco, que se suicidou em março de 2013 –, a decisão de dar fim a uma dependência química e uma viagem à Índia fizeram Rita repensar a maneira como vinha conduzindo a vida. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

CAMISETA: UM PERSONAGEM QUE FAZ HISTÓRIA




     A camiseta se desenvolveu, faz tempo, de uma mera peça de uso e proteção do corpo para um "personagem que faz história", tanto na ficção como no dia-a-dia, na vida de todos nós. 
     Tornou-se um fator cultural, absorvendo e domesticando elementos da moda e da própria contra-cultura. Na simbiose "camiseta e jeans" já representou e ainda representa um modo de vida, em parte descontraído, em parte contestatório da juventude. 
     

domingo, 18 de maio de 2014

MODA E FUTEBOL



     (...) Os caminhos da moda no Brasil me fazem lembrar os caminhos do futebol em nossa terra. Reportagem publicada na revista Veja de 07/01/98, conta um pouco da trajetória do futebol brasileiro:
    " Criado na Inglaterra em 1863,o futebol desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de um bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos."
    

sábado, 17 de maio de 2014

BLOOM BRASIL - HOLANDESA GLOBALIZA TENDÊNCIAS VISUAIS BRASILEIRAS





http://ffw.com.br/noticias/gente/referencia-mundial-pesquisadora-de-tendencias-li-edelkoort-faz-previsoes-sobre-moda-brasileira/

     "O Brazil não conhece o Brasil", cantou/canta  Elis Regina, na música "Querelas do Brasil" de Aldir Blanc (letra) e Mauricio Tapajós (música). A música ecoa nas nossas almas e corações.
     E a trend hunter (numa tradução literal, pesquisadora/caçadora de tendências) holandesa Li Edelkoort idealizou, criou e lançou o livro "Bloom - Saboroso Brasil", com ensaios fotográficos e referências visuais brasileiros. Acima, o link - abram, por favor, e vejam quem são os dois (únicos) estilistas nacionais incluídos no livro. 
  Os holandeses, que na época do Brasil colônia,  invadiram o nordeste, mais precisamente o querido estado de Pernambuco , (alô , professora Giselda Ribeiro, saudações; alô vô Antonio,pai de Aglaé, saudações!!) retornam, via o olhar de Li Edelkoort,  para mais uma vez "descobrir" o Brasil: desta vez nas áreas de design, moda, arquitetura, gastronomia e arte. 
Abaixo, um segundo link, com a música "Querelas do Brasil". Vale a pena ouvir, maravilhosa.  Valeu!

https://www.youtube.com/watch?v=jT3AmQnPSHo


sexta-feira, 16 de maio de 2014

CAMISETA - OUTDOOR AMBULANTE



ESTUDARAM EM UNIVERSIDADE PÚBLICA  - SÃO FORMADOS JUSTAMENTE PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.E  DEFENDEM "O ESTADO MÍNIMO". É COMO DIZ A SABEDORIA POPULAR : 'CUSPIR NO PRATO ONDE SE COMEU."  

PROVAVELMENTE DEFENDEM UMA EDUCAÇÃO PRIVADA E CARA, AGORA QUE JÁ SE FORMARAM,COINCIDÊNCIA,NÃO É?
A CAMISETA É UM OUTDOOR AMBULANTE, FAZ TEMPO. ELA SUPORTA, TRANSPORTA, DÁ VIDA A TODA E QUALQUER MENSAGEM. 
AINDA BEM QUE ESTÃO ESCREVENDO EM PORTUGUÊS - UM GRANDE PASSO , ASSIM TODOS PODEM LER O QUE ESTÁ ESCRITO  E CONCORDAREM, SE IDENTIFICAREM, OU NÃO.  ESTAMOS NUMA DEMOCRACIA EM UM PAIS  AINDA  ESTRATIFICADO. E A NOSSA MODA TRADUZ, NAS RUAS, ESTA ESTRATIFICAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.  BASTA OLHAR E VER.   


(Acima (escaneada) reportagem publicada dia 16-04-2014 no Jornal O Globo)


quinta-feira, 15 de maio de 2014

COM VOCÊS, GIL BRANDÃO - PARTE II



Gil Brandão lançou, em 1959, nas páginas do Jornal do Brasil, onde trabalhava na época, moldes prontos para roupa. Foi o primeiro e o maior divulgador desse método, no Brasil.

terça-feira, 13 de maio de 2014

O que realmente importa:seguir a moda ou viver a vida?

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zQ-ed5Tq1Fs
*credito:porta dos fundos

Quem se preocupa muito em seguir a moda ao pé da letra,acaba se perdendo de vista,não aproveitando o que ocorre à sua volta.

veja esse link e deixe sua opinião aqui,por favor.Agradeço.

COM VOCÊS, GIL BRANDÃO - O ORLANDO SILVA DA MODA


    


     Gil Brandão gostava de ser chamado de "Orlando Silva da moda", pois tinha muito orgulho de ter sido o primeiro no Brasil a colocar a moda ao alcance de milhões de brasileiras que não tinham dinheiro para encomendar vestidos nas casas especializadas ou nos costureiros.
     Formado em medicina e em arquitetura, ele nunca exerceu essas profissões. Mas serviu-se delas para fazer o trabalho que amava. Mas, na época, não sabia como denominar o que, com extremo talento, realizava. "Sei lá, acho que posso ser classificado como modelista, figurinista, teórico de moda. Nunca tive atelier nem fiz desfile de moda. Não me interessa o diálogo entre quatro paredes com meia dúzia de ricaças. O que me interessa é o aspecto social da moda."

segunda-feira, 12 de maio de 2014

LITERATURA DE CORDEL E A MODA









Gosto de ler folhetos de cordel. Abaixo, parte do texto do folheto escrito por Abraão Batista. O título é: "O SIGNIFICADO DA MODA  E A SABEDORIA DA MULHER ATRAVÉS DOS TEMPOS."  Encontrei este folheto numa feira livre em Campina Grande (PB) e publiquei alguns trechos no livro: "O Brasil tem estilo?, editado pelo Senac.

"(....)  Por isso eu quero mostrar
          para o leitor a lição:
          quando Eva no paraiso
           amava somente a Adão
           nua, despida, um anjo
           vivia na imensidão

           Nos tempos em que Adão amava
           somente a mulher sua;
           Acostumou-se com ela
           sem ver a beleza nua
           preferia olhar pro céu
           se conformando com a lua ...

           Tornou-se Eva ofendida
            e um artificio armou;
            do couro duma jararaca
            um belo cinto preparou
            na cintura majestosa

            (....)

           Eva de outro couro
           fez um fio dental
           daquelas que as cariocas
            exibem sem ter rival
            Adão quando viu aquilo
            quase perde o seu astral
             
             (....)

           O tempo foi se passando
            com certa velocidade
           roupa longa outra curta
           tudo com capacidade
           mas o desejo da mulher
           era um homem de verdade

            Inventou o vestido justo
            rasgou-o depois atrás
            de lado, de frente, em cima
            e naquele leva e traz
            a mulher só pretendia
            segurar sempre o rapaz

            Adotou calça comprida
            short curto e bebidol
            biquini e monoquíni
            roupa justa e cachecol

             (....)
         
            Pelo visto, a última moda
            fará grande rebelião
            a rica usará corrente
            de ouro, como cinturão
            a mulher pobre, na cintura
            de São Francisco, um cordão

            Este folheto é resultado
             da minha observação
            olhando o comportamento
             da mulher e sua visão
             resultado eu tenho hoje
             da moda a sua razão

             Quem for homem se segure
              Quem for mulher se aguente
               não vá na onda da moda
              pois pode até, de repente
              deitar-se com uma cousa
              e acordar como outra gente ..."





domingo, 11 de maio de 2014

POESIAS DE CECILIA MEIRELES




O VESTIDO DE LAURA

O vestido de Laura
é de três babados, 
todos bordados.

O primeiro, todinho,
todinho de flores 
de muitas cores.

No segundo, apenas
borboletas voando,
num fino bando.

O terceiro,estrelas,
estrelas de renda
-- talvez de lenda ...

O vestido de Laura
vamos ver agora,
sem mais demora!

Que as estrelas passam,
borboletas, flores
perdem suas cores

Se não formos depressa,
acabou-se o vestido
todo bordado e florido!!





MODA DA MENINA TROMBUDA

É a moda
da menina muda
da menina trombuda
que muda de modos
e dá medo.

(A menina mimada!)

É a moda
da menina muda
que muda
de modos
e já é trombuda


(A menina amada!)





COLAR DE CAROLINA

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O calor de Carolina
Colore o colo de cal, 
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

Nas colunas da colina.


sábado, 10 de maio de 2014

"APARÊNCIA ABATIDA, OLHEIRAS - ESTÉTICA DA MODA - ONTEM/HOJE

 
"(....) Olheiras, palidez, postura cansada e uma cara de doente, porém, não estão totalmente enterradas. Na influente cultura japonesa, a estética renasceu com força, repaginada e com um novo apelido: o feio bonitinho."  (....) "Outra mania do street wear  é ainda mais radical: fazer uma maquiagem, com lápis branco e sombra prateada, ressaltando pequenas bolsas sob os olhos,como se as mulheres estivessem inchadas de tanto chorar."  (reportagem de Claudia Sarmento - caderno Ela, jornal O Globo, edição de 10 de maio - 2014)


No livro "Doença como metáfora" (editora Companhia do bolso-2007), a escritora Susan Sontag destaca a fantasia e o mito que existia em torno da tuberculose, no século XIX e inicio do século XX:   "(...) Para  esnobes, parvenus arrivistas, a tuberculosoe era um índice de ser distinto, delicado, sensível. Com a nova mobilidade (social e geográfica) que se tornou possível no século XVIII, o mérito e a posição não são dados; têm que ser certificados. Eram certificados mediante idéias novas sobre roupas ("moda") e atitudes novas com relação à doença. Tanto a roupa (a veste externa do corpo)  como a doença (uma espécie de decoração interna do corpo) se tornaram tropos de atitudes novas a respeito de si mesmo.
(....) Passou a ser rude comer com entusiasmo. Era sofisticado ter uma aspecto doentio. "Chopin era tuberculoso numa época em que ter boa saúde não era chique", escreveu Camille Saint-Saens em 1913." Era estar na moda ser pálido e debilitado;a princesa Belgiojoso vagava pelos bulevares (...) pálida como a morte em pessoa." (...) A imagem do corpo influenciada pela tuberculose foi um novo modelo para a aparência aristocrática - num momento em que a aristocracia deixava de ser uma questão  de poder e passava a ser sobretudo uma questão de imagem. ("Nunca se é rico demais. Nunca se é magro demais", disse certa vez a duquesa de Windsor.")

Nas imagens, Chopin, Kafka  (tuberculosos célebres) Kate Moss, a musa do visual "heroin chic", nos anos 90.

A moda vai e vem, morre e ressuscita. Pois como a vida não é linear. Há sempre um atalho, uma esquina, no meio do caminho.








Fotografias da top inglesa Kate Moss feitas por Corinne Day nos anos 1990.