sábado, 10 de dezembro de 2011

O rompimento da arte como representação da realidade

Quando a arte deixou de ser a grande referência para os artistas plásticos? Não existe uma data precisa. Mas, com certeza, o reconhecimento do costureiro como um criador de moda e o nascimento do estilo abstrato na arte acentuaram o processo de afastamento do pintor, do artista plástico da moda.


Mas a moda ainda foi fonte de inspiração para os pintores do estilo impressionista. Claude Monet e Pierre Auguste Renoir chegaram a freqüentar ateliês de moda para “aprender a compor uma toilette”. E se encontra no Metropolitan Museum of Art, em Nova York – E.U.A, o quadro “Madame Charpentier e suas filhas”, de 1878, onde Renoir imortalizou um vestido criado por Charles Frederick Worth. Vale , porém, destacar que a roupa da “Madame Charpentier” não está muito nítida. Na busca de novos resultados plásticos, uma das características do movimento impressionista, há uma atmosfera criada pelo uso luzes e sombras e pelo contraste de cores complementares. Conhecido como um dos maiores “coloristas” da história da pintura, Renoir oferece pouca nitidez ao vestido criado por Worth. Suas pinceladas rápidas deixam à vista apenas o contraste entre o preto da saia e o branco dos babados ou frous-frous de uma sobressaia que se destacam na barra do vestido. Definitivamente não dá para sentir a textura do tecido e nem para “captar” a modelagem do vestido. No passado, pintores como o neoclássico Jean-Auguste-Dominique Ingres ou o romântico Eugéne Delacroix reproduziram em seus quadros-retratos o estilo de vestir vigente, com total nitidez.
Quando a arte deixou de ser a grande referência para os artistas plásticos? Não existe uma data precisa. Mas, com certeza, o reconhecimento do costureiro como um criador de moda e o nascimento do estilo abstrato na arte acentuaram o processo de afastamento do pintor, do artista plástico da moda.


Mas a moda ainda foi fonte de inspiração para os pintores do estilo impressionista. Claude Monet e Pierre Auguste Renoir chegaram a freqüentar ateliês de moda para “aprender a compor uma toilette”. E se encontra no Metropolitan Museum of Art, em Nova York – E.U.A, o quadro “Madame Charpentier e suas filhas”, de 1878, onde Renoir imortalizou um vestido criado por Charles Frederick Worth. Vale , porém, destacar que a roupa da “Madame Charpentier” não está muito nítida. Na busca de novos resultados plásticos, uma das características do movimento impressionista, há uma atmosfera criada pelo uso luzes e sombras e pelo contraste de cores complementares. Conhecido como um dos maiores “coloristas” da história da pintura, Renoir oferece pouca nitidez ao vestido criado por Worth. Suas pinceladas rápidas deixam à vista apenas o contraste entre o preto da saia e o branco dos babados ou frous-frous de uma sobressaia que se destacam na barra do vestido. Definitivamente não dá para sentir a textura do tecido e nem para “captar” a modelagem do vestido. No passado, pintores como o neoclássico Jean-Auguste-Dominique Ingres ou o romântico Eugéne Delacroix reproduziram em seus quadros-retratos o estilo de vestir vigente, com total nitidez.








Assim como o estilo impressionista estimulou o aparecimento da arte abstrata, da arte moderna, o surgimento dos primeiros desfiles de moda, criados e organizados por Charles Frederick Worth, no seu ateliê, abriu o caminho para o reconhecimento do costureiro como um criador de moda, estilos e comportamentos.


E Worth não era modesto. Ele era um artista que sabia se valorizar. Gostava de se comparar com os grandes pintores e declarou, no século XIX, que compor uma roupa é como compor um quadro. Foi mais além quando afirmou que assinava a arte do bem vestir. E finalizou dizendo: “sou um grande artista. Tenho as cores de Eugéne Delacroix ... Meus pincéis são a minha tesoura!






Ruth Jofily







Assim como o estilo impressionista estimulou o aparecimento da arte abstrata, da arte moderna, o surgimento dos primeiros desfiles de moda, criados e organizados por Charles Frederick Worth, no seu ateliê, abriu o caminho para o reconhecimento do costureiro como um criador de moda, estilos e comportamentos.


E Worth não era modesto. Ele era um artista que sabia se valorizar. Gostava de se comparar com os grandes pintores e declarou, no século XIX, que compor uma roupa é como compor um quadro. Foi mais além quando afirmou que assinava a arte do bem vestir. E finalizou dizendo: “sou um grande artista. Tenho as cores de Eugéne Delacroix ... Meus pincéis são a minha tesoura!







Ruth Jofily

Nenhum comentário:

Postar um comentário