segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

VESTIR-SE DE SUPER HERÓI: A QUEM SERVES?
























Pergunte sempre a cada ideia: a quem serves?” 

https://kdfrases.com/autor/bertolt-brecht

            


            No livro "O Brasil tem estilo?" que escrevi e foi editado pela Editora Senac Nacional em 2000  (no momento está esgotado), eu já refletia sobre o "complexo de vira-lata",  (expressão criada pelo escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues)  que "ataca" aqueles (as), que viram as costas para a sua cultura e adotam, por exemplo, a cultura norte-americana, a cultura estadunidense.


                               No passado, a cultura que copiávamos era a francesa, a cultura de Baudelaire, que vem a ser a mesma da terra de Godard, Truffaut, Flaubert, da Nouvelle Vague, de Rimbaud, Proust, Simone de Beauvoir, Jean Paul Sartre, de Camus e muitos outros que  nos influenciaram no pensar, no comportamento, no vestir.   
O tema, o Brasil negar a sua cultura sobretudo no vestir, é uma das minhas obsessões, um dos eixos em torno dos quais gira minha vida profissional. A escrita nasce de uma vocação. E muitas vezes estamos condenados a escrever sobre determinados temas.
                             Aqui abordo  uma reflexão sobre como os EUA irradiam, em pleno século XXI, para nós brasileiros e brasileiras,  modos, modas e costumes, com sua intensa produção cultural, mesmo que muitas vezes seja, como no caso dos super heróis, uma influência infantilizada, dos guardiões "da ordem", uma espécie de "milicianos". 
                        Vale destacar que o senhor vestido de super herói, mais precisamente de "Capitão América", com direito a ostentar uma bandeirinha dos EUA e que "distribui" dinheiro, junto com seu filho,  também vestido de super herói, é paraibano. Sic! 

                    Eu também sou nordestina, eu também sou paraibana. Sou  da terra do grande e imortal escritor Ariano Suassuna. Sou da terra da literatura de cordel, sou da terra onde há um rico imaginário popular. Sou da terra de Lampião e Maria Bonita, que já foram, felizmente,  levados para a passarela por alguns estilistas. Destaco Zuzu Angel, que levou Lampião e Maria Bonita para os EUA e fez um imenso, estrondoso sucesso. Vale destacar aqui, também, Gregório Faganello, Ronaldo Fraga entre outros, que já desenvolveram coleções belíssimas inspiradas em heróis da cultura nordestina.
Bom natal e feliz ano novo para todos e todas.
      
                     


















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