segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

PROFESSORA ORIENTA, NÃO INDUZ

     A professora apenas remete à possibilidades que estão dentro dos (as) alunos (as). Cabe aos alunos/às alunas escolher o que é do seu interesse. 

  Induzir, quem induz são os pais que muitas vezes levam filhos/filhas a caminhos diferentes daqueles que pretendiam.


Abaixo, escaneado, o programa do curso de Jornalismo de moda que comecei a ministrar no Rio de Janeiro, mais precisamente no Centro Cultural Candido Mendes, que era dirigido pelo Candido José Mendes de Almeida. 
Posteriormente, o curso foi também ministrado, no final dos anos 80, na Casa Rhodia (SP), que ofereceu aos seus associados o meu curso de jornalismo de moda e o já então célebre curso de estilismo de Marie Ruckie.

Minhas aulas sempre foram (e são calcadas) na realidade, no que vivi e vivo. Levei para a sala de aula as minha descobertas profissionais e as compartilhava com todos/todas.
O que me levou a dar aulas, nos anos 80 foi uma necessidade de ver o jornalismo de moda ser compreendido 
e aceito, vencendo preconceitos, as imagens simples, convencionais, sumárias que as pessoas fazem dos objetos, das atividades e dos assuntos que não examinam de perto. 
Dei o meu primeiro curso em 1987, no Centro Cultura Cândido Mendes. Ipanema, RJ 
Em 1991, ano da primeira edição do meu livro "Jornalismo e Produção de Moda", editado pela Nova Fronteira, escrevi um artigo, na Revista Claudia, a pedido do imortal jornalista Fernando de Barros, sobre a minha experiência como professora e como escritora de um livro que não era só teórico pois tinha muito da prática, do dia-a-dia. O artigo se chama "A moda imita a vida" e este título, por mim criado, acabou se tornando, anos depois, título de um livro sobre marketing escrito pelo André Carvalhal. 

Em 2000-2002 fiz mestrado na ECO- UFRJ sobre jornalismo de moda, jornalismo feminino e a obra de Alceu Penna: mais uma vez não optei por ser uma teórica/acadêmica. Levei minhas experiências nas redações das revistas femininas, nas produções. Pena que a UFRJ, já no inicio do século XXI não ministrava sobre imprensa feminina. Por que será? 
Tentei fazer doutorado, abordando, mais uma vez, a questão do jornalismo de moda, jornalismo feminino, mas não consegui ser aceita, ser aprovada.

A atual ministra da Mulher Família e Direitos Humanos, a pastora Damares Alves do governo recém-eleito, recém empossado,do capitão Bolsonaro defendeu recentemente, uma 'contrarrevolução cultural' e disse que as meninas dever ser tratadas como princesas e meninos como príncipes. A advogada e pastora declarou: 'é uma nova era no Brasil: menino veste azul e menina veste rosa.' Aqui, coloco (abaixo) uma parte do texto do artigo "A moda Imita a Vida", uma reflexão sobre a questão colocada pela advogada, pastora e ministra Damares Alves:
(...) Do momento em que nascemos até a nossa morte estamos permanentemente envolvidos em tecidos, naturais ou sintéticos. Basta olhar uma foto amarelecida pelo tempo para captar pela maneira como as pessoas estão vestidas qual era, por exemplo, o estilo que determinava a feminilidade ou a masculinidade naquela época, pois estes conceitos também são mutantes, e como ... Enquanto comportamento ou enquanto ficção, a moda imita a vida, onde tudo passa. Dizem os franceses:tout passe, tout casse, tout lasse. Mais do que qualquer outra manifestação cultural, a moda espelha a vida como ela é, passageira."


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Uma nova era... Mas é muito rastaquera. Livia Garcia-Roza, poeta, escritora, que acompanho via facebook.

71% do país defende discussão sobre política nas escolas

"Essa Michelle tem sindrome de Obama. Vai fazer a diferença" Anna Christina Kika Gama Lobo, uma das criadores do Jornal Vestes (capa escaneada acima) e minha ex-aluna no curso de jornalismo de moda do Centro Cultural Candido Mendes.


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