domingo, 26 de maio de 2019

BRASIL DE COSTAS PARA SI MESMO




"Pode se aprender mais numa roda de capoeira do que numa academia de ginástica"entreouvi nas ruas.
A música nacional é riquíssima, em vários gêneros (samba, bossa-nova, pagode, funk, etc) mas o que se houve nos supermercados Pão de Açucar, nas farmácias Raias, nas lojas dos colchões Ortobom, em lojas diversas no comercio de maneira geral, inclusive a música ambiente, a música de fundo, de muitos shoppings centers, é a musica bate-estaca norte-americana, uma música da pior qualidade. E as letras, a maioria dos brasileiros sequer entende. 
Camisetas com dizeres em inglês, abundam pela cidade do Rio de Janeiro; idem idem calças leggings femininas,que viraram sinônimo de sensualidade (sic!) e são usadas dos 08 aos 80/90 anos, super ajustadas ao corpo, pegajosa, mesmo que esteja um calor de 40 graus . Calça legging transformou-se em sinônimo de sensualidade feminina, nacional? Trata-se do óbvio ululante, como bem diz Nelson Rodrigues.

  
     Quando os Estados Unidos começaram a substituir a França como modelo para o Brasil? Em 1939 houve a  presença brasileira na Feira Internacional de Nova Iorque, Essa exposição teve pavilhão brasileiro projetado por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. A música brasileira também participou de trocas simbólicas com a ida para os Estados Unidos de Carmen Miranda e do Bando da Lua. Na época o mundo da música era um dos mais refratários à americanização já que o público brasileiro continuava a preferir música brasileira. A politica de boa vizinhança do presidente Roosevelt havia prometido (mas não cumpriu) uma cadeira para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Foi para o brejo ...
No livro "Distorções e Revisões" meu tio José Joffily afirma que o nosso mundo acadêmico vive a macaquear os norte-americanos. Afirma, ele, na página 89, do seu livro, escrito em 1977, século XX : "A falta de frequência nas escolas brasileiras resulta dos cinco fatores que seguem em ordem de importância:
          1) Trabalho para cooperação com orçamento familiar; 2) moradia distante da escola; 3) falta de roupa, calçado e material escolar; 4) falta de vagas nas escolas públicas; 5) falta de recursos para pagar anuidades em estabelecimentos particulares. Parece inacreditável que para o estudo desses elementos tão brasileiros seja indispensável recorrer a mais de 50 professores norte-americanos."
E transcreve a opinião de José Veríssimo, professor do Colégio Pedro II, escrita há 113 anos:
"Portanto insisto, não devemos penetrar desta idéia que tendo muito a aprender dos E.E.U.U não devemos pôr-nos simplesmente a macaqueá-los irreflitidamente. E a eles, especialmente, me refiro porque, repito, sente-se que eles são, quem nos vai servir de modelo. É preciso não confundir adaptação inteligente, a assimilação perfeita com a cópia servil ou o arremedo grotesco. Sejamos brasileiros e não Yankees".

Em reportagem publicada no jornal Valor (edição de 20 de julho de 2018) afirma a atriz Fernanda Montenegro:
"(....)O Brasil não tem nenhuma visão cultural do que nós somos como povo. Sempre se acha que cultura é frescura. Quando há uma crise, já se viu alguma vez um Ministro da Cultura estar sentado naquela mesa, como a gente vê o Ministro da Economia, da Segurança? Ministro da Cultura é um pudim de festa, é uma sobremesa. Aí o resultado do país que a gente é. (...) Temos uma cultura de sobrevivência por isso ela é forte. É uma necessidade e ninguém na estrutura administrativa do governo entende que isso é fundamental para chegarmos a ser uma nação. Acham que podemos ser uma nação sem levar a cultura a sério. Se não tem cultura, não tem nação, é uma fronteira, uma lingua."

Mais sobre a questão cultura nacional/estética:
" Você disse que, após ficar loura para vivem Kim, tem sido mais olhada na rua. Por que acha que isso acontece?
Muito doido esse fetiche ariano no Brasil. Você vai dar um rolé na Europa ... não tem tanta loura na França. Me senti mais olhada, principalmente pelos homens. Quando cheguei no salão era a única cliente morena, e que ia ficar loura (risos)"  
Entrevista da atriz Monica Iozzi, que está, no momento, na novela "A dona do Pedaço", "irreconhecível desde que ficou loura por causa do personagem Kim (...)"  Reportagem de Maria Fortuna - Segundo Caderno do jornal O Globo, edição de 27 de maio 2019.

"(...) Acabei de dirigir meu primeiro filme - Marighella - e tenho um plano ambicioso de produzir em Hollywood conteúdo sobre latinos que não reforce estereótipos." Afirmou Wagner Moura ao entrevistar o Chief Content Officer da Netflix. Jornal O Globo, edição de 25 de abril de 2019

"Só a antropofagia nos une (...) Tupi, or not Tupi that is the question (...)  Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida (...). Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império (...) Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos."  (Andrade, Oswald. Manifesto Antropófago, São Paulo, 1928). 
"O trecho acima revela alguns dos princípios orientadores do modernismo brasileiro iniciado em 1922, século XX, com a Semana de Arte Moderna. Sua interpretação sugere: A acentuação do caráter da busca da identidade nacional do modernismo pela valorização das raízes brasileiras."  (professor Wagner, do Colégio São Vicente de Paulo, Rio de Janeiro, RJ)
































Inês Patrício
2 h
Paulo Guedes quer fundir o Banco do Brasil com o Bank of America? Voltamos ao seculo XIX?

Mirane Albuquerque (via facebook - 15 de maio de 2019)
9 h
Viva Joana Darc, dane-se Harvard!
Se a competência extraordinária da Professora Joana Darc é verdadeira e ainda assim ela se sentiu compelida a inventar diplomas, então, provavelmente, ela é portadora de um distúrbio emocional grave, fruto de uma história de vida muito difícil.
Por mim, danem-se esses diplomas. Se ela detém o saber sem precisar de Harvard, mas foi levada a acreditar que somente seria respeitada se apresentasse um canudo de papel, a falha está no sistema educacional.
Imaginem , por um segundo, a enorme dificuldade de afirmação de uma pessoa extremamente talentosa, porém mulher, negra e de origem paupérrima? Quanto desprezo, quanto bulling essa mulher sofreu? Como tudo isso abalou seu equilíbrio emocional?
Se o talento nato da Professora Joana Darc fosse no campo cultural, ela seria reconhecida numa das inúmeras categorias de "Mestre da Cultura Popular", sem a menor necessidade de um diploma.
No entanto, a super dotação da Professora Joana Darc manifestou-se no campo intelectual, onde a cobrança por diplomas acadêmicos é implacável e, na maioria das vezes, trata desiguais como iguais, perpetuando a desigualdade social de origem.
Quantos de nós aguentariam as provações que ela enfrentou com a psique intacta?



https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,professora-que-vai-virar-filme-tem-diploma-falso-de-
harvard,70002828826

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