segunda-feira, 5 de março de 2018

A EXPANSÃO DAS MERETRIZES









marafona
substantivo feminino
  1. 1.
    boneca sem rosto, constituída de uma cruz de madeira recoberta de pano.
  2. 2.
    m.q. MERETRIZ.







Um dos nossos maiores impasses: a sexualidade. Como fomos e somos levadas a falar do nosso corpo?  


         Nos anos 30 do século XX, quando a estilista Marilia Valls era  aluna-interna no colégio "Sacré-Coeur de Marie"(RJ), todas as alunas do SCM só podiam tomar banho vestindo uma camisola ou camisolão. Eram proibidas de tocar o próprio corpo. A virgindade era lei e o sexo estava automaticamente associado à procriação, dentro das leis do matrimônio. 
Dando um pulo histórico, nos dias atuais há liberdade sexual mas me indago: nós mulheres brasileiras somos donas do nosso corpo? Ou nos trajamos, na maioria das vezes, para satisfazer sonhos e fantasias de uma sociedade patriarcal, misógena e machista?
           O corpo feminino era visto e ainda é, infelizmente, visto, na nossa cultura, como tentação, como pecado. 
Há um controle, permanente sobre os nossos corpos, sobre a forma de expressarmos, esteticamente, a nossa feminilidade. 
Pergunto: agora, no vestir,  somos todas meretrizes? Somos eternos "sujeitos do desejo masculino"?


Fonte: foto com legenda, coluna Anselmo Góis, Jornal O Globo, edição  fevereiro de 2018;  livro "Marilia Valls: um trabalho sobre moda" , editora Salamandra, 1989 e o Google. 
Abaixo, anúncios de calças compridas, fabricação nacional,  que se encontram nas redes sociais. E foto da marcha, protesto, "marcha das vadias" em 2014, na zona sul do Rio de Janeiro.



Resultado de imagem para imagens femininas nas ruas do Rio de Janeiro

Resultado de imagem para imagens femininas nas ruas do Rio de Janeiro

Resultado de imagem para imagens femininas nas ruas do Rio de Janeiro



Nenhum comentário:

Postar um comentário