sexta-feira, 11 de abril de 2014

GOSTO DO QUE FAÇO

     "Sou formada em jornalismo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Já entrei na faculdade de comunicação sabendo que desejava fazer jornalismo especializado em moda. Mas até 1994, ano em que me formei, o jornalismo de moda era ignorado na faculdade de comunicação.
Durante as aulas, os professores não tocavam no assunto. Havia uma professora, a Raquel Paiva, que era sensível ao tema. Digo sensível porque ela não pesquisava e nem estudava o assunto, mas tinha uma visão mais aberta, uma visão mais abrangente, menos preconceituosa. Ela reconhecia a importância da moda na vida real, na vida de todo dia das pessoas. E ela estava aberta para entrar em contato com novas informações. Foi ela que me orientou na minha monografia.
     Estou no jornal "O Dia" desde 1992. Na época "O Dia" era um jornal popular e tinha a preocupação de prestar serviços aos leitores e de fazer um jornalismo de moda popular, acessível. Em 1997, "O Dia" deu uma sacudida no mercado ao passar a vender mais do que o jornal "O Globo". Aí Roberto Marinho lançou o jornal "Extra", um jornal também popular.
     Atualmente, "O Dia" não deixou de ser um jornal lido pelo povo, mas se dirige à classe média, um público mais qualificado. Mas não se tornou um jornal da elite.
     Os editoriais de moda publicados em "O Dia" são baseados em notícias, em fatos, no que acontece, em informações, em atualidades, em tendências. Um exemplo: editamos , há pouco tempo, uma reportagem sobre o sapato tênis, ou "sapatênis" e apresentamos a opinião das pessoas: o que a consumidora está calçando? O sapato tênis está vendendo? Quem fabrica? Em resumo, realizamos uma "radiografia" do mercado do sapato-tênis, sem esquecer de fornecer à leitoras, dicas de como melhor usar o acessório apresentado. Considero que a consumidora de moda brasileira é muito carente de informação."
       (palavras/depoimento da jornalista Marcia Disitzer, editora de moda do jornal "O Dia" para o livro "Um negócio chamado moda", escrito por mim, sob encomenda, para a editora Senac - início do século XXI)

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