sábado, 23 de maio de 2015

A MULHER BRASILEIRA E A MÍDIA














         Acima, um anúncio  da Associação Nacional dos Jornais - ANJ - cujo texto diz o seguinte: 
"As mulheres já representam, hoje, metade dos leitores de jornal. Um público que não pára de crescer e, muito menos, de consumir. 



         Portanto , se você quer que a sua marca de moda feminina apareça, é melhor começar a anunciar em jornal. Aqui as possibilidades são as mais variadas possíveis. O seu anúncio, por exemplo, pode ser colocado ao lado de uma matéria relacionada ao seu produto, fazendo com que sua mensagem atinja as consumidoras no momento em que elas estão interessadas no assunto.  Além disso, o jornal é o meio de comunicação com maior credibilidade e capacidade de persuasão entre os consumidores. (...)"
       Para representar o "poder" feminino , a Associação Nacional de Jornais (ANJ) escolheu ..... a foto de uma calcinha preta, foto, aliás, bem explicita de uma calcinha detalhada por renda também preta, publicada feito um anúncio de uma marca de lingerie.  
         
         Se este anúncio fosse nos anos 50 do século XX, publicariam um avental, pois este era o espaço da mulher brasileira na época: as prendas do lar. Mas o anúncio da primeira década do século XXI, traz a calcinha.  Mudou alguma coisa? Ou será que para a ANJ o espaço da mulher continua sendo dentro de casa: Só que agora, ela ocupa o lugar de star/ de celebridade no quarto de dormir, na cama?
       Estes preconceitos geraram, com o passar do tempo, a questão do assédio, sem limites e a culpa é, sempre (pasmem) da assediada. Portanto, de acordo com o título da reportagem da matéria publicada no jornal O Globo (edição de 21 de maio de 2015), atualmente (sic!)  "Por medo, mulheres evitam espaços públicos e determinadas roupas." 
      Pelo visto, falta pouco para um "sistema xiita", talibã, no espaço público para as mulheres, no Brasil. 
     Leiam, analisem, por favor, e tirem suas conclusões.

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