domingo, 14 de junho de 2015

UMA HOMENAGEM AO JORNALISTA ROBERTO BARREIRA






















     Diana Galvão, subeditora do portal Moda Brasil me pede "umas linhas" a respeito do jornalista Roberto Barreira Vasconcelos, falecido no dia 4 de novembro. Diana me pergunta: "Dá para fazer, Ruth?" Como dizer não, a uma ex-aluna tão querida? Como não registrar o incansável e frutífero trabalho de Roberto Barreira, apesar de ainda me achar "mexida" com a sua morte repentina?
     


       No obituário publicado no jornal O Globo, edição do dia 7 de novembro, Roberto é definido como um profissional que "assumiu o jornalismo como sua família, ficando na redação até tarde e esquecendo-se de voltar para casa. Ajudou muitos a se tornarem celebridades como Xuxa, Luiza Brunet e a já falecida modelo Marcia Jardim. Formado em direito, dedicou boa parte da vida às publicações voltadas ao público feminino. Na Bloch Editores foi durante mais de três décadas uma espécie de supervisor-geral de tudo que se relacionasse ao universo feminino tanto nas publicações como até mesmo na extinta TV Manchete."
     Para a jornalista Marilda Varejão, redatora-chefe do PSC (Para Seu Conhecimento) o house-organ da Editora Abril (SP) e que trabalhou com Roberto, há muito o que lembrar. "Foram anos trabalhando juntos, em clima de cumplicidade e de divergências, também. Há horas em que o vejo aflito - as abas do seu nariz se moviam para dentro e para fora, denunciando a agitação interna - mas tudo sem perder a classe".
     Com a falência, fechamento da Bloch Editores, Roberto Barreira Vasconcelos comandou a administração de seis títulos da editora através da Bloch Editora Massa Falida. Roberto continuou, até literalmente seu último suspiro, a formar profissionais na sua escola da prática. 
    Ele ensinou o bê-a-bá do jornalismo feminino e do jornalismo de moda numa época em que esses gêneros de jornalismo eram assunto-tabu nas escolas de comunicação do país. Roberto, um apaixonado pelo seu ofício, realmente deixa comprovado que a vida é um sopro ...! 
   Para finalizar, faço minhas as palavras da jornalista Angela de Rego Monteiro que se lembra da frase "como é bom estar vivo!", frase esta que Roberto sempre dizia nos momentos de alegria e prazer. E conclui, Angela: "Lamento que nós não possamos mais ouvir essa frase de quem dedicou a vida à moda brasileira."

(Texto que escrevi a pedido da minha ex-aluna Diana Galvão. O jornalista Roberto Barreira faleceu em 2002)

3 comentários:

  1. Fiquei feliz em ver que ainda é lembrado com muito carinho... Fui criado por ele e pelo José Bernardino. Hoje e sempre, sou muito grato por tudo.

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  2. Trabalhei na Bloch durante 5 anos sendo 4 deles com Roberto Barreira ,foram anos muitos bons tenho muita saudade do Roberto ,do Décio Pereira e até do seu Adolpho kkkkk

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