sexta-feira, 24 de julho de 2015

MODA É .....






"A moda se populariza pela redundância. O desenho de um vestuário é a expressão de uma civilização e representa suas facetas, suas contradições, seus dogmas, seus "apartheids", suas segregações, suas glorificações através do status quo. Há manifestações exteriores: como os parâmetros na igreja, a roupa do homem na rua, uma forma ritualista de demonstrar (ou não) o status, uma posição ideológica e valores individuais da sociedade comum, em que se vive."


"Nas sociedades nativas, a moda indica idade e status e está a serviço de rituais complexos que relacionam as forças da tribo às formas cósmicas. Quando todos os membros da tribo usam o mesmo tipo de roupa, encontram a mesma segurança física que encontramos vivendo em ambientes uniformes e mecanizados"
(Marshall Macluhan)

"A moda é uma forma de comunicação e expressão social e está presente no nosso dia-a-dia. Pela origem da palavra "moda", ela significa "modo", "maneira", e é derivada do latim modus. O vocábulo inglês fashion tem origem na palavra francesa façon, que também significa "modo", "maneira".  Érica Palomino


"A moda é inegavelmente um fenômeno cultural, desde os seus primórdios. É um dos sensores de uma sociedade. Diz a respeito ao estado de espírito, aspirações e costumes de uma população" Ruth Joffily



Acima, uma reportagem/reflexão sobre o uniforme (branco) das babás no Brasil (de norte a sul, de leste a oeste), uma reportagem com o sociólogo Fernando Braga da Costa, autor de "Homens Invisíveis", fruto do sua vivência/trabalho como gari.  Vestido de "laranja" Fernando ficou várias vezes invisível, diante de colegas de sala, diante de professores que lhe chamavam pelo nome na sala de aula.
"É uma sensação chocante. Eu passava todos os dias no Instituto de Psicologia da USP , de segunda a sexta, das 8 horas às 18 horas. E aí mudou tudo:entrei lá vestido de gari e de repente cruzava com pessoas que me cumprimentavam todo dia e olhar delas me tangenciava. Varria os estacionamentos, as pessoas manobrando o carro passavam por cima do lixo que eu tinha acabado de amontoar. Houve gente, como um professor meu, que esbarrava ombro com ombro comigo e não pedia desculpa. E não é não pedir desculpas para o Fernando. É não pedir desculpas para alguém." (....)   Reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo, 21 de junho de 2015


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