sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

FALTA MEMÓRIA - VIVA A MEMÓRIA



     Memória:  substantivo feminino. 1 - Faculdade de reter as idéias, impressões e conhecimentos adquiridos. 2 - Lembrança, reminiscência. 3 - Dissertação sobre assunto cientifico, literário ou artístico.  * Memória principal. Inform. A que é interna ao computador, diretamente ligada ao processador, na qual ficam armazenados os dados e instruções de um programa quando está sendo executado. Memória secundária. Inform. A que não é intrinsica ao computador  mas está diretamente conectada a este e por ele controlada. Miniaurélio século XXI - o minidicionário da língua portuguesa. 


           

     Falta memória  à moda brasileira? Muitos dizem que sim. E os fatos comprovam: recentemente o catador Bruno de Jesus Baptista, de 36 anos, encontrou, numa lixeira na rua Delfim Moreira, no chique bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, uma relíquia:  cadernos de anotações, fotos, bilhetes, cartões de créditos e "até uma passagem antiga para Paris - (...) pertences intactos da modelo e atriz Betty Lago, morta em setembro deste ano (reportagem do jornal O Globo, edição de 8 de novembro de 2015, que se encontra escaneada).
       
              Betty Lago, Roberto Barreira, Clodovil, Fernando de Barros, Gregório Faganello, Georges Henri, Maria Candida Sarmento, Ethel Moura da Costa, já falecidos e, alguns estão, infelizmente, esquecidos. A jornalista Gilda Chataignier, que está com alzheimer, também não é mais lembrada. A lista dos profissionais da industria da moda que fizeram história e que foram esquecidos ou deixados "de lado" ( ou marginalizados) é grande. Aí me pergunto: Cadê nossa memória histórica? 
     Existe a cadeia alimentar, um dos estudos da biologia. De acordo com Nobert Elias (Nobert Elias Por Ele Mesmo, Jorge Zahar Editor, RJ - 2001) existe também uma cadeia de gerações, que preserva a memória, permitindo que planos traçados por um(a) criador(a), por um(a) escritor(a) , não seja a missão de um único ser humano, mas sim de inúmeras gerações ...
      
   Faço minhas, as palavras de Nobert Elias: "Sempre tive a impressão - talvez até cedo demais - de me encontrar no meio de uma cadeia das gerações: dou a minha contribuição, faço as coisas avançarem um pouco, mas me situo numa cadeia de gerações."
      
     Mas o que fazer diante da individualidade exacerbada, do mundo dos selfies, do mundo, como se diz no meu querido nordeste, da "farinha pouca, meu pirão primeiro". Ou seja, das pessoas que enxergam  o(a) outro(a) não como um(a) colaborador(a), mas sim como um(a) rival ou um(a) concorrente? 
    
     John Donne, clérigo anglicano e escritor, afirmou em 1764: "A morte de qualquer homem (leia-se ser humano) me diminui porque sou parte do gênero humano. (...) Não perguntem por quem os sinos dobram, eles dobram por ti (" And therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee").  J.Donne também afirmou que nenhum homem (leia-se ser humano) é uma ilha. Todo ser humano faz parte de um continente. Portanto, a questão da memória é importantíssima. 

     Há energia e nutrientes na cadeia alimentar; também há energia (e nutrientes) na cadeia de gerações que formam a memória de um oficio (profissão) que formam a história de uma aldeia, de uma cidade, de um estado , de um país. 
     Daí  Liev (Leon) Tolstoi (1828-1910)ter dito : "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia" ou "Fala da tua aldeia e você falou para o mundo". Há muitos sentimentos e necessidades humanas que são parecidos/semelhantes. 
     Mas, volto a dizer, neste tempo do individualismo extremo e do hedonismo - tudo pelo prazer/satisfação máxima , do egoismo, muitos desconsideram o passado e crêem que estão "descobrindo a roda" (sic!).  
      
      Nas fotos escaneadas, Dener Pamplona de Abreu, Gregório Faganello. Georges Henri. Ethel Moura Costa, Fernando de Barros, Roberto Barreira , Gilda Chataignier e Clodovil Hernandes, nomes históricos da moda nacional. E escaneada também está a reportagem (Jornal O Globo) sobre o catador que encontrou no lixo, na rua Delfim Moreira, Leblon-RJ, "as memórias descartadas da modelo e atriz Betty Lago, recentemente falecida.









Memória: 













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https://youtu.be/tmsGW2-p6OQ


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http://ponto3g.com/2015/12/03/catalogo-da-target-com-mulheres-reais-e-sucesso/

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