domingo, 8 de maio de 2016

ESTILO ANOS 60,SCHILLER E O ROUBO DO COFRE


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     Há quem diga que a nossa relação com o tempo ficou mais confusa. Hoje há o mundo real e o mundo virtual. Estamos conectados a noticias, ao e-mail e às redes sociais o que nos leva a ficar virtualmente em vários lugares, no mesmo instante. Ficamos mais atarefados e distraídos. Pois agora temos duas vidas, aliás três: a real, a virtual e a dos sonhos bem sonhados e elas (essas vidas) acontecem simultâneas.
       
      

      A noite passada , antes de dormir li na página do facebook do Tom Cardoso (texto que copiei e colei abaixo) sobre o livro-reportagem que ele escreveu contando a  história a respeito lendário roubo do cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros,que apoiou intensamente o golpe militar de 1964 e cujo slogan era: "rouba mas faz" (sic!).  
      Li o excelente texto do Tom Cardoso,  fui dormir e sonhei. Sonhei com o estilo de vestir dos anos 60 que  era um visual contracultura, que se estabelecia nas ruas, nos movimentos estudantis e era contrário aos estabelecimentos oficiais da moda. 
     O estilo hippie expressava o não conformismo e um desejo de estar longe dos ditames da cultura de consumo ocidental.Surgiu a pilula anticoncepcional, a minissaia e a miniblusa e se firmou um corpo feminino magro, anti maternal. A moda  ficou sob ataque, particularmente da parte dos movimentos jovens: estudantis ou hippies. Houve a liberação sexual que a contracultura chamava de amor livre e a sociedade conservadora chamava de permissividade.
      
      Sonhei com tudo isso. No sonho via imagens, flashes da época e conversei no sonho, acreditem, com o Silvio Schiller.  Mas quem foi o Silvio Schiller? 
      Ele era o melhor amigo do meu irmão Ireneo Ceciliano. Portanto, convivi muito com ele.  Silvio Schiller tinha um irmão, por ele muito amado, chamado Gustavo que foi quem organizou o roubo do cofre do Adhemar de Barros. O cofre estava na casa da tia materna do Silvio e do Gustavo e pertencia à Ana G. Capriglione, que vinha a ser cunhada da tia materna do Silvio e do Gustavo.
       A família Schiller, nos anos 60, morava numa  luxuosa mansão com dois andares localizada no bairro de Santa Teresa, RJ. Dinheiro era o que não faltava  à bilionária família.        
     Tudo era cor-de-rosa na casa  luxuosa. Mas os filhos eram da contracultura. Lembro-me do dia que o Silvio chegou lá em casa com a Regina, sua companheira, para comunicar ao meu irmão Ireneo Ceciliano que haviam se casado. E a troca de alianças, no cartório, foi realizada com dois anéis de plástico comprados em uma Lojas Americanas. 
     Silvio e Regina eram simpáticos, simples, cultos e humanos. Gustavo, o irmão mais jovem do Silvio, entrou, na época, no movimento estudantil. E a seguir participou no movimento de resistência à ditadura militar. 
         Várias alunas (casadoiras) do então colégio " Sacré Coeur de Marie" sonhavam em se casar com o Gustavo, o que seria, de acordo com elas, uma garantia de um futuro seguro, sem altos e baixos. Alías, só com altos .... e vida mansa, extremamente confortável ... 
      Mas Gustavo - rico, inteligente e culto - se transformou em um Hobin Hood brasileiro: estava totalmente engajado na luta de resistência à ditadura militar.  
      Ele resolveu organizar o roubo do cofre de Adhemar de Barros, que se encontrava aos cuidados de  Ana G. Capriglione, conhecida pelos funcionários do governo paulista como "Rui",  que vivia no segundo andar da mansão da família Schiller.  A tia do Silvio e Gustavo morava, no segundo andar,   com seu marido que  (de acordo com meu irmão) era um médico chamado Dr. Benchimol e com a cunhada Ana, codinome "Rui". No primeiro andar da imensa casa (diz meu irmão Ireneo Ceciliano que só a sala tinha quase 200 metros quadrados) viviam Silvio, sua companheira Regina, Gustavo e seus pais. 
     Gustavo sabia de cor e salteado o movimento da sua família e da  sua casa. Afinal , ele lá também morava. Bem, o assalto foi realizado e foi muito bem sucedido. 
      Segundo consta, Gustavo para não levantar suspeitas, chegou a amarrar seu irmão Silvio, que no fundo também colaborou: consta (por debaixo dos panos) que Silvio sabia previamente do que iria acontecer.
     Gustavo Schiller, o Hobin Hood, foi, posteriormente preso e extremamente torturado. A família caiu numa tristeza infinita. Gustavo ao sair da prisão, foi morar no exterior. Retornou ao Brasil com a anistia. 
      Ficou pouco tempo entre nós. Pois um dia, de muita tristeza para todos, Gustavo Schiller se jogou da janela de um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro. Os torturadores haviam "tomado" e destruído sua cabeça, seu corpo, todo o seu ser. 
      Silvio Schiller, irmão do Gustavo, morreu em 2007, mesmo ano em que também perdi minha irmã mais velha, Rachel, que faleceu de câncer e o meu irmão Antonio Guilherme, que teve um ataque cardíaco, popularmente conhecido como fulminante. Era uma geração que tinha humanismo e não era hedonista, não olhava apenas  para o próprio umbigo. Enxergava além. 

       No mesmo ano de 2007, faleceu Heloneida Studart, avó do meu único filho. Hoje veio tudo na minha cabeça, como se fosse um filme. Acordei, liguei para o meu irmão Ireneo Ceciliano, para lhe dizer que havia sonhado com o seu melhor amigo e lhe pedi que confirmasse as informações que tenho, fruto das minhas lembranças mas também do meu sonho.

      Sonhar com um país melhor, democrático e com menos desigualdades sociais. Foi isso que moveu Gustavo Schiller. Nesse sonho ele perdeu sua vida. 
     Fica aqui uma homenagem  para o Gustavo e Silvio Schiller, precocemente falecidos, e também para Regina  (cunhada do Gustavo) e Silvia (sobrinha do Gustavo), que faz  muito tempo saiu do país, para nunca mais voltar. Silvia mora em Nova Zelândia.


Fontes: o sonho sonhado essa madrugada do dia 7 para o dia 8 de maio de 2016 e mais: minhas lembranças, minhas reflexões e dados que me foram passados, hoje, pelo meu irmão Ireneo Ceciliano, amigo/irmão do Silvio Schiller e da sua companheira, Regina. Copiadas e coladas, imagens da época e um texto do Tom Cardoso, onde ele "fala" do seu livro-reportagem que ganhou o premio Jabuti.

Daqui a uns dias continuarei a minha reflexão  sobre as vitrines.
         
              
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1285003-minha-historia-fui-torturada-em-1970-e-denunciei-o-coronel-ustra.shtml

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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1759191920994367&set=a.1470873993159496.1073741826.100007107285681&type=3

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1093120327412301&set=a.1087438724647128.1073741852.100001430328206&type=3


http://www.gazetadopovo.com.br/economia/7-marcas-de-roupas-que-pediram-falencia-no-ultimo-ano-nos-eua-4m5dtbzzauidfds92ri4lfrrs

https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/644543012370514/




"Publiquei em 2011 o livro "O Cofre do Dr. Rui", um dos vencedores do Prêmio Jabuti na categoria reportagem. O livro narra a história do lendário assalto ao cofre do governador Adhemar de Barros, o inventor do "Rouba Mas Faz" (uma espécie de mistura - se é que isso é possível - de Eduardo Cunha com Paulo Maluf).
A Var-Palmares de Carlos Lamarca e Dilma Rousseff soube da existência do cofre do Adhemar, escondido numa mansão em Santa Teresa, e armou um plano para roubar 2,5 milhões de dólares. No livro, eu conto como se deu o assalto, bem-sucedido, e a partilha do dinheiro, mais uma prova da atávica incapacidade da esquerda brasileira de lidar com qualquer forma de capital.
Assim que o livro foi distribuído para a imprensa, a Mônica Bergamo, colunista da Folha, me ligou para saber se eu tinha alguma história boa pra contar sobre a participação da Dilma, em plena campanha presidencial, no assalto:
- Oi Tom. A Dilma participou do assalto?
- Não, só do planejamento.
- E ela ficou com parte do dinheiro?
- Não. Foi presa logo em seguida. Mas foi a primeira a trocar os dólares numa casa de câmbio em Copacabana.
- Hummm. E você descobriu alguma história bacana?
- Um militante, que não quis aparecer, me disse que parte do dinheiro do cofre, cerca de 240 mil dólares, foi enterrado num trecho do começo da Dutra, indo na direção de São Paulo para o Rio..
A Mônica riu da história e deu uma nota na sua coluna. No dia seguinte, o tal militante, que havia me contado a história do dinheiro enterrado, me ligou:
- Tom, você tá maluco?
- O que foi?
- Você foi dizer pra aquela colunista a história do dinheiro enterrado.
- Ué, mas a história estará no livro.
- Não acredito! Eu disse para você não contar nada.
- Não, você disse que eu não podia citá-lo.
- Porra, agora fudeu.
- Por que?
- Todo mundo vai começar a procurar essa grana.
- Mas e daí?
- Eu queria achar primeiro. Nunca tive pressa porque só eu sei onde o dinheiro está enterrado.
- Você sabe onde está exatamente?
- Sim, sei.
- Você me mostra?
- Sim.
No dia seguinte, fomos de carro até a Dutra. No começo do trecho, o cara colocou a cabeça pra fora do vidro e pediu para eu andar devagarinho pelo acostamento. Percorremos cerca de 4 quilômetros. Ele gritou:
- Para.
Desceu do carro, apontou uma placa (que não posso dizer qual é, mas está até hoje lá), caminhou 26 passos. E parou. Bateu com o pé no chão:
- O dinheiro tá bem aqui. 240 mil dólares.
- E agora? O que você vai fazer?
- Tenho que esperar essa história do seu livro passar e vir um dia aqui de madrugada com uma britadeira e pegar a grana.
O cara morreu alguns anos depois. Até hoje não sei se a grana tá lá ou não.
Se a minha vaquinha virtual para o livro de crônicas (lá é possível, inclusive, comprar o livro do roubo do cofre) vingar, eu prometo que compro uma britadeira de última geração e dou uma nota de 100 dólares para cada participante."    Copiado da página do facebook do Tom Cardoso


Jornal Folha de São Paulo: "povo não acredita mais em Lula nem em Dilma e nem no PT" e traz depoimentos contra o governo - edição de 7 de maio de 2016



Povo não acredita mais em Lula nem em Dilma nem no PT, afirma leitor, afirma Jornal Folha de São Paulo.



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