sábado, 28 de maio de 2016

REVOLUÇÃO FRANCESA E O DIRETÓRIO (1780-1799)



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10154374020634928&set=a.10151655395519928.1073741829.776029927&type=3



    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/27/actualidad/1464300764_523657.html?id_externo_rsoc=FB_CM  " 

"Este é um retrato de um país de exclusões.
Um retrato que todos(as) os(as) que defendem reformas profundas, que diminuam as abissais distâncias sociais deste país, não quer ver mais." do facebook - professora Kátia Gerab Baggio - UFMG.
https://www.facebook.com/midiaNINJA/photos/a.164308700393950.1073741828.164188247072662/664231300401685/?type=3
     Há três dias, mais precisamente dia 25 do corrente, a coluna do Ancelmo Góis (jornal O Globo) publicou a seguinte nota: " Como paródia ou farsa, a História da Revolução Francesa se repete, em versão chanchada, aqui nos trópicos. Derrubaram a monarquia petista e agora, deceparam as cabeças dos "revolucionários" Cunha e Jucá. Só que a dupla está mais para os personagens de Romeu (Oscarito) e Julieta (Grande Otelo) em "Carnaval de fogo" de 1949 , do que para o guilhotinado Danton (1759-1799)"
      Na mesma edição do jornal O Globo (25/09/2016) há uma reportagem sobre o Country Club, o clube mais exclusivo do Rio de Janeiro. Agora, lá, nas dependências do Country Club,  as babás só podem utilizar o banheiro das crianças. Segundo uma sócia, " (...) as babás não necessariamente são pessoas extremamente educadas. Infelizmente, nem todas as classes têm acesso (no Brasil,observação minha) à mesma educação. Elas não necessariamente vão puxar a descarga ou deixar o banheiro limpo. Não é nada contra as babás. É questão de ordem e disciplina" (sic!).  E por que ela e diversas outras sócias do exclusivo Country Club entregam seus filhos, diariamente, aos cuidados de mulheres tão sem educação? Na reportagem, nada falaram sobre essa questão, vital. 

       A nota sobre a revolução francesa no Anselmo Góis e a reportagem sobre as babás mostram o de sempre: o velho novo que nunca sai da moda, infelizmente, no Brasil. E desde ontem, dia 27 de maio, o assunto nas redes sociais, o assunto nos jornais ,o assunto nos canais de televisão, o assunto brasileiro no exterior é um só: o estrupro de uma moça de apenas 16 anos, por  30 (trinta) homens. Definitivamente, o Brasil ainda não amadureceu o seu espirito republicano. Pois na França, o quadro de Eugéne Delacroix, 1830," La liberté guidant le peuple"  (a liberdade guiando o povo) que traduz o espirito da revolução francesa, traz os "sans culottes" e sobretudo, como figura central, traz uma mulher com os seios de fora, sem espartilho, como simbolo maior da república francesa, sempre em luta pelos seus direitos: faz dias que as ruas da França estão tomadas pelos manifestantes lutando pela manutenção dos direitos trabalhistas. Eles não descansam e vão para as ruas brigar por direitos conquistados, que agora, o atual governo eleito pelo voto democrático (vale destacar) deseja "cassar" ou retirar parte.


      
        Mas vamos ver aqui e agora, as mudanças no vestir da França republicana, após a Revolução Francesa. Reproduzo aqui parte do texto que utilizo em aulas.

        Por suas consequências e pela influência que exerceu na evolução dos países mais adiantados da Europa, a Revolução Francesa é considerada a mais importante do ciclo de revoluções burguesas da história.
        Foi enorme a influência de Voltaire e também de Rousseau, cujo livro "O contrato social" era lido e aplaudido em praça pública. 
        Em Paris, cuja população era de 650.000 habitantes, mais de 120.000 indigentes perambulavam pelas ruas. A nobreza, entregue a uma vida de dissipação e impedida, pelos preconceitos vigentes, de exercer atividades consideradas menos dignas, começou a entrar em decadência. Uma das instituições do regime monárquico que, por sua impopularidade, muito contribuiu para a queda do regime foi a própria corte real. De seus numerosos componentes, cerca de 16.000 estavam a serviço do rei, enquanto os demais eram cortesões sem  função definida.
        A queda da Bastilha não trouxe, como se acreditou, uma mudança na maneira de vestir, mas a indumentária se converte numa marca visível de civismo ou de oposição, de acordo com a sua forma e a sua cor. É necessário salientar que a moda passa a dedicar-se, a partir dessa época, quase exclusivamente ao traje feminino. Rico e variado antes da Revolução, o traje masculino abandona a posição que ocupava, e este fenômeno se estende a toda a Europa. Os homens logo se manifestam o gosto pelo uniforme. Os jacobinos pronunciam-se contra a elegância e reivindicam um traje oficial nacional, nascendo assim o estilo do verdadeiro patriota ou do sans-culotte (sem calção, numa tradução - ou os que vestiam calças compridas), que a principio é usado apenas nas barricadas, mas que foi declarado traje oficial em 1794.

          O uso da moda, nesse período, era considerado por muitos anti-social e condenava-se o emprego da farinha na produção de pó para maquiagem e peruca por não ser esta utilizada para alimentar o povo.
         À luz dos fatos sociais e políticos que geraram a Revolução Francesa, compreende-se a razão das mudanças na forma de encarar a moda. O motivo das pessoas se apresentarem ricamente ornadas durante a monarquia era impor  manifestamente uma diferença social aparente entre classes.
        Durante a revolução, até mesmo os jornais especializados em moda passaram a publicar mais artigos políticos do que sobre estilo de roupas. Os cabelos naturais tornam-se simbolo do pensamento republicano que considerava reacionário o rabo de cavalo, as perucas empoadas e as fitas de cabelo.
        Paralelamente, a revolução industrial inglesa levou os franceses a viverem, no vestir, um estilo mais próximo da "ilha britânica", com seu amor pelo esporte e as roupas práticas que ele exige. Tal influência se exerceu sobretudo na época do Diretório (1795-1799). O gibão de equitação, o colete curto, as calças confortáveis, as altas botas de couro e os chapéus redondos colocaram, pela primeira vez na história da indumentária, o homem inglês à frente da moda masculina.
        Na moda feminina, houve a abolição do corselet do guarda-roupa das mulheres, onde passam a ser coadjuvantes as túnicas largas, chamadas de "romanas, vestal ou Diana".

http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/235534/Como-burgueses-em-1789-Temer-n%C3%A3o-entendeu-nada.htm          
     Abaixo, escaneadas e copiadas, nota da coluna do Ancelmo Góis e reportagem sobre as babás e a proibição do uso do banheiro feminino. Agora , elas (babás) só podem utilizar o banheiro das crianças (sic!).  Jornal  O Globo, edição de 25 de maio de 2016

      
    












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http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2016/05/27/un-viol-collectif-a-rio-met-le-bresil-en-emoi_4928043_3222.html

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