terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

OLHAI AS PERIGUETES*







     "Periguete é um neologismo, uma expressão criada pela cultura popular, que ainda não está presente, oficialmente, nos dicionários. Seria uma designação criada para classificar as mulheres  provocadoras que não se apegam emocionalmente aos seus parceiros*. 
     As periguetes não costumam ser bem vistas pois são tachadas de vulgares." (fonte: Google)

      Em 2012 o consagrado estilista paulista Alexandre Herchcovitch declarou, ao jornal Folha de São Paulo (edição de 11 de junho de 2012) que "o Brasil tem espertise de fazer roupas popular, de 'periguete'. 
       Segundo Herchocovith, "precisamos cair na real, porque nossa roupa não é bem feita, e nem dá para competir pois não temos o mesmo acesso aos tecidos."
      Quando  Vivian Whiterman e Pedro Diniz lhe perguntaram quem é a sua cliente, Alexandre disse "não sei definir. Já tentei fazer essa coisa de 'estilo da brasileira', certo padrão, mas não tenho mão. Não é problema, o país é grande. Há variedade de gostos. Minha marca conquistou seu espaço. Se minha roupa fosse 'periguete' teria mais clientes, mas não sei fazer isso, então, ajustei minhas expectativas." 
     Agora, em 2017, há também as (e os)'periguetes de alma, ou 'periguetes' da palavra: São muitas mulheres e homens inclusive, que usam palavras chulas, palavrões para definir uma outra mulher, sobretudo se ela é politica da oposição.
     Portanto,  a estética (no vestir)'periguete' que se inspira, inclusive em  muitas personagens de novelas e  a boca 'periguete', da onde costumam sair sobretudo palavras grosseiras e chulas,  estão na ultima moda, no Brasil atual. 
     E para completar, ressalto que  o estilo 'periguete' está presente em todas as classes sociais do nosso imenso Brasil. 


* Há 'periguetes' que são casadas e têm seus maridos como 'seguranças' quando usam roupas que são tidas, pelos demais, como provocativas.  Elas, as casadas, não sofrem provocações, olhares reprovadores ou provocações que as 'periguetes' solteiras costumam sofrer ou melhor, enfrentar.

Fonte: reportagem de Vivian Whiteman e Pedro Diniz publicada na Ilustrada, jornal Folha de São Paulo, edição de 11 de junho de 2012 e jornal Meia Hora.
Também são fonte de inspiração diversos personagens, geralmente femininos, em novelas. E há a música 'Periguete' do Mc Papo, links abaixo. Esta música já foi, inclusive, uma das músicas-temas de uma novela, onde, é claro,havia a personagem 'periguete'. Aliás, nas maiorias das novelas sempre há uma 'periguete' , o que fortalece essa estética. Pois novelas (sobretudo da TV Globo) no Brasil, lançam modas e modismos. Têm muita força, na estética e no comportamento feminino, masculino e infantil. E ,há pouco tempo começaram a ditar, também,   o comportamento de gays, LGBT .

https://youtu.be/MKreZtuFe78

https://youtu.be/i1x-y4-CFBI


















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https://youtu.be/i1x-y4-CFBI


https://www.facebook.com/chatas/photos/a.310387845683337.77929.307169539338501/468380546550732/?type=3


Abaixo, observação do professor Nilson Lage, que listou o nome dos blocos  de carnaval de rua, Rio de Janeiro- 2017:

A cultura alternativa nos blocos do Rio este fim de semana: Põe na quentinha, Boutique da Ciata, Pinto sarado, Xupa mas não baba, Simpatia é quase amor, Só o cume interessa, Bloco da ansiedade, Harmonia de Copacabana, Me engana que eu gosto, Cutucano atrás, Vizinha fofoqueira, Calma amor, Encosta que ele cresce, Já comi pior pagando, Afoxé Omo Ifá, É pequeno mas não amolece. Lavou tá limpo, Cordão do boitatá, Bloco da preta, Fogo e paixão, Pipoca no mel, Eu choro curto mas Rio Comprido, Coração das meninas, Acorda e vem brincar, Fala bobagem, Quem vai vai quem não vai não cagueta, Bigode esticado, Vai tomar no Grajaú, Gigantes da lira, Suvaco de Cristo, Se não quiser me dar me empresta, Quem não guenta bebe água, Larga a onça Alfredo, Vem tomar no Zóio, Incha rola, Carmelitas, entre outros. Palavras do NIlson Lage em postagem no facebook

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