Em 1780/81, D. Maria, mãe de D.João VI, mandou quebrar a industria têxtil nacional. Aqui só era permitido fabricar panos baratos, como a nossa chita, que eram utilizados para "cobrir" os corpos dos escravos. A nobreza portuguesa e brasileira deveriam vestir-se utilizando tecidos, moldes e modelos que vinham da Europa, mais precisamente de Portugal e da França. Os sapatos também tinham que ser importados e eram de uso limitado: restrito aos nobres e à burguesia já que os escravos só podiam andar descalços.
De acordo com o historiador Luis Edmundo, os governadores não podiam receber em audiência pessoas vestindo roupas feitas com tecidos não fabricados na Metrópole. Até os sapateiros não podiam trabalhar em couro que não tivesse vindo da longínqua Metrópole, leia-se Portugal.
Atualmente há quem organize diferenças e uma ordem social inventada. E as pessoas se medem reciprocamente e invejosamente: "esse aí é mais do que eu, olhe o relógio dele. Aquele alí é menos do que eu, olhe o chinelo ..."
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