terça-feira, 14 de junho de 2016

COMPLEXO DE VIRA-LATA NO VESTIR



      Comprar grifes e mais grifes, sobretudo as caras  grifes internacionais, exige dinheiro,muito dinheiro. 
  Ao ler sobre as compras no exterior da mulher e da filha do deputado federal Eduardo Cunha lembrei-me da necessidade que muitas pessoas , no Brasil, têm, ainda hoje, de marcar/acentuar a desigualdade social através do  vestir. 



     Para essas pessoas, gerar um abismo entre elas  e os demais mortais se faz, sobretudo, usando, da cabeça aos pés, grifes internacionais, caríssimas. A postura, o comportamento, a educação, formal e doméstica, nem sempre elas têm. Mas adoram ostentar no vestir. Quem anda grifado também gosta de olhar para o outro, da cabeça aos pés, e com um olhar, indagar: "você sabe com quem está falando?  
                              Coisa antiga, dos tempos do Brasil colonia que , literalmente, se perpetuou e chegou até os dias atuais. Ou seja, estamos no ano de 2016, no século XXI e há quem ainda carregue na alma, no espirito, o complexo de vira-lata no vestir e só se sinta segura quando está trajando apenas grifes caríssimas e de preferência estrangeiras.
      A insegurança no vestir faz parte do "complexo de vira-lata", que vem a ser a inferioridade na qual o brasileiro se coloca, voluntariamente em face do mundo.  Para o escritor Nelson Rodrigues, "o  brasileiro  é um  narciso às avessas, que cospe na própria imagem."   
        Ao ver  a extensa lista de compras da jornalista Claudia Cruz, esposa do deputado federal Eduardo Cunha e de sua filha, Daniele Cunha, fiquei a pensar o que seria dito se a presidente eleita pelo voto democrático,  Dilma Rousseff, fosse uma voraz consumidora de grifes e, portanto, cultuasse o complexo de vira-lata. Iriam literalmente "cair de pau". Mas a presidente Dilma Rousseff jamais usou peças de roupa que chamassem a atenção pelo status visando fortalecer qualquer privilégio, o que estimularia a  discriminação social que já é imensa no Brasil.

Em tempo: escaneada a lista de compras de roupas e acessórios grifados, da jornalista Claudia Cruz e da sua filha Daniele Cunha, que foi publicada no jornal O Globo, edição de 12 de junho de 2016



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http://wp.clicrbs.com.br/abece/2015/11/24/alunos-de-escola-em-sp-recebem-apostila-que-critica-dilma-e-chama-pt-de-ladrao/?topo=52%2C1%2C1%2C%2C171%2Ce171


http://www.sensacionalista.com.br/2016/06/14/delacao-de-eduardo-cunha-explicara-por-que-claudia-cruz-nao-pisca-desde-1982/

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