segunda-feira, 20 de junho de 2016

REFLEXÕES SOBRE O COMPLEXO DE VIRA-LATA NO VESTIR




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          O complexo de inferioridade, o complexo de vira-lata no vestir nasceu no Brasil Colônia. O Brasil tinha, no século XVIII uma pequena indústria têxtil e de calçados que foi condenada por decreto de D.Maria, que entrou para a história como "A louca" em função de uma doença mental que manifestou nos últimos 24 anos da sua vida; ela veio a falecer no Rio de Janeiro, aos 81 anos, em 20 de março de 1816
       
   
         A partir do decreto de D.Maria, no Brasil, em todo território brasileiro só era permitido fabricar panos baratos, como a nossa chita, que eram utilizados para "cobrir"os corpos dos escravos. A nobreza e a burguesia deveriam vestir-se apenas utilizando tecidos, moldes e modelos que vinham da Europa, mas precisamente de Portugal e da França. Os sapatos também tinham que ser importados; eram de uso limitado (restrito aos nobres e à burguesia), já que os escravos só podiam andar descalços.
             De acordo com o historiador Luis Edmundo, o decreto, assinado em 5 de janeiro de 1785, fez com que "fossem extintos, quebrados a martelo todos os teares do Brasil,sendo que se proibiu aos governadores o recebimento em audiência de pessoas vestindo roupas feitas com tecidos não fabricados na Europa ou na Metrópole (...)  Até os sapateiros não podiam trabalhar em couro que não tivesse vindo da longínqua Metrópole (leia-se Portugal) ou da Europa."
              Vale ressaltar que o ouro, retirado das terras de Minas Gerais era enviado para Portugal em estado bruto. Lá era "trabalhado" como matéria-prima pelos ourives e posteriormente retornava ao Brasil como joia para adornar as cabeças, as orelhas, o colo e os braços das mulheres da nobreza e  burguesia que tinham dinheiro para adquirir aquelas jóias, com design europeu e preços exorbitantes.
              Como se pode constatar, historicamente o vestir no Brasil já nasceu gerando desigualdades sociais: nobreza e burguesia só podiam, por decreto da rainha portuguesa D. Maria, vestir importados, da cabeça aos pés, enquanto que aqui só se podia fabricar "panos para cobrir os corpos dos escravos." Portanto, a nobreza e burguesia, vestiam, se adornavam e calçavam só produtos europeus e viviam no ócio, sem nada fazer. Já os escravos vestiam, se adornavam "com panos brasileiros/inferiores/sem qualidade (sic!),  andavam descalços pois não lhes era permitido calçar um sapato e eram a força produtiva, eram os únicos que de fato trabalhavam.
             Historicamente, então, a jornalista Claudia Cruz, esposa do deputado federal Eduardo Cunha, ao viver no ócio (tipo bela, recatada e do lar) e ao se vestir só com caros importados reproduz/tem um comportamento ultra conservador, repetindo o comportamento da nobreza e burguesia brasileira no tempo do Brasil Colônia, Brasil Império.
               Dizem que a jornalista Claudia Cruz comprou caras etiquetas internacionais, para "lavar" dinheiro roubado, dinheiro fruto da corrupção, que dizem ter sido praticada pelo seu marido, deputado Eduardo Cunha. A corrupção também é nossa velha conhecida: Pois a corrupção no Brasil não começou agora, com o governo do PT, como muitos veículos de informação veiculam, como muitos veiculam nas redes sociais: estão mentindo, descaradamente, omitindo a realidade. A verdade é que a corrupção no Brasil, inclusive de acordo com uma edição especial do caderno "+mais!",  do jornal Folha de São Paulo (edição de 3 de junho de 2007) é muito, muito antiga: existe corrupção no Brasil desde o Brasil Colônia. 
                 De acordo com a historiadora Isabel Lustosa (artigo "Do ladrão ao barão", (publicado no caderno especial do jornal Folha de São Paulo, 3 de junho de 2007): "durante o reinado carioca de D.João 6°, tornou-se popular uma quadrinha que dizia: "Quem furta pouco é ladrão/quem furta muito é barão/ quem mais furta e mais esconde/passa de barão a visconde" (..). Para maiores informações, por favor leiam o caderno "+Mais!, jornal Folha de São Paulo, edição de 3 de junho 2007,onde está editada, de maneira objetiva, a "História da Corrupção no Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil República".
                 Conclusão: a jornalista Claudia Cruz, seu marido o político Eduardo Cunha, deputado federal e ex-presidente da câmara, e seus filhos estão, na prática, repetindo ideias, pensamentos, atitudes e atos muito, muito antigos, que estão presentes há séculos no Brasil. 
                Para finalizar, desejo destacar um livro infantil "Granfinosa e Marieta e o caso da etiqueta" (texto de Neusa Sorrenti e ilustrações de Denise Rochael, editora Franca, 2004,MG)onde é contada a história da girafa Granfinosa e da zebra Marieta, fascinadas pelo consumismo. Elas querem ser chiques, elegantes mas acabam caindo no conto da etiqueta. Neste livro infantil são abordados os seguintes temas: vaidade exagerada, consumismo, verdades e mentiras no ramo das profissões; temas transversais (também abordados): ética/justiça, trabalho e consumo, valorização das atitudes saudáveis. Há, nesse livro infantil, várias palavras estrangeiras, pois a moda no Brasil, até hoje, não dispensou o uso constante, o super uso de vocábulos estrangeiros. Porque moda, para a maioria, necessita falar outras línguas,línguas de fora, que não seja a nossa.
         Sem sombra de dúvida, os filhos da jornalista Claudia Cruz e os filhos do deputado federal Eduardo Cunha jamais leram o livro "Granfinosa e Marieta e o caso da etiqueta" e devem ter sido educados ouvindo que roubar é chique, levar vantagem é ser esperto, assim como corromper e ser corrupto; também devem ter ouvido  muito, desde que eram bebês, que etiquetas estrangeiras caríssimas são sinônimo de status e poder. Deu no que deu.
              
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Alexandrino de Alencar, ex-executivo da Odebrecht preso por quatro meses na 14a fase da operação Lava Jato e libertado há cerca de um mês, tem confidenciado a amigos que, em seus depoimentos na prisão, propôs contar tudo o que sabia sobre as relações da companhia com os governos brasileiros ao longo de mais de 20 anos como funcionário de carreira do grupo. “Mas, não se interessaram em saber tudo. Só quiseram informações dos últimos 12 anos”, assim Alexandrino tem dito.Via Nilson Lopes - copiei e colei do facebook  - dia 26 de junho de 2016.
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/239479/Grupo-criminoso-financiou-campanha-de-Campos-diz-PF.htm
fbid=1372953209387802&set=a.308157239200743.94278.100000194086733&type=3

http://www.debateprogressista.com.br/2016/06/meu-deus-senador-pede-34-cargos-michel.html





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