quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O VESTIR É ARTE? REFLEXÃO



      Se arte é a atividade que manifesta a beleza, moda é arte.      Podemos, portanto, considerar arte o oficio do cabeleireiro,  maquiador, figurinista,  alfaiate,  modelista,  estilista,  perfumista que adornam, respectivamente, o rosto e o corpo. As artes do vestuário, do gosto e do tato são reconhecidas como arte. 
 
   
     A roupa adorna e embeleza o corpo. A sua ausência pode ser uma maneira de retirar a dignidade do ser humano: exemplo cena no pátio do filme Carandiru (ex-cadeia paulista) de Hector Babenco, e foto de presos após revista no presídio Bangu IV em fevereiro de 2003). Na imagem do filme Carandiru estão todos, literalmente, nus. Já na foto escaneada do presídio carioca os presos estão usando calções e nada mais.
      
     Nos países fundamentalistas, a mulher, segundo eles "fonte de pecado", é obrigada a andar inteiramente coberta. Ou seja, há uma separação de sexos, uma segregação sexual,  em espaços públicos.       Em Doha, capital do Qatar (vide foto escaneada) uma mulher revela uma calça de ginástica, por debaixo, literalmente, dos panos pretos, que veste da cabeça aos pés.  
     No Iraque, uma mulher idosa, foi obrigada a ficar dentro de uma tenda montada numa calçada, numa rua em Bagdá, para poder pedir esmola.Aí estão explícitos dois preconceitos: contra o corpo da mulher e contra a pobreza. Qual é a cultura que respeita a pobreza, que considera, por exemplo, que menos é mais? Que considera que a pobreza não significa ausência de conhecimento, de saber (popular) inclusive estético?
     
        Em Pernambuco (vejam, por favor reportagem escaneada) um professor recentemente "envolveu alunas carentes, em um projeto de exaltação às diferentes etnias, estimulando a autoestima, estimulando o respeito às diferenças". Afinal,  há vários tipos de beleza, felizmente.
      
      Nós mulheres brasileiras,  vivemos, muitas vezes, presas à conceitos rígidos, exigimos muito de nós mesmas. 
     Aliás, as mulheres brasileiras estão obcecadas com seus corpos e e  muito competitivas entre si. É preciso ter cuidado para não se ir de um extremo ao outro. Opostos podem se atrair. Atenção! No Rio de Janeiro já existem igrejas evangélicas fundamentalistas que levam as suas seguidoras a usar uma burca, um "vestido-saco", com péssima modelagem.
      
Fontes: fotos escaneadas dos jornais Folha de São Paulo e O Globo, que tenho em meus arquivos.




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