sábado, 31 de janeiro de 2015

OS CAMINHOS DA SEDA



    " Crônicas antigas afirmam que Lei Tseu, esposa de Huangdi, o imperador Amarelo (2700 antes de Cristo),pai legendário da civilização chinesa, fez o aproveitamento pela primeira vez dos casulos de bicho-da-seda que se alimenta de folhas de amoreira.
     

     Os primeiros romanos a ver o fabuloso tecido foram as legiões de Marco Licino Caraso na batalha de Carra, no ano 53 antes de Cristo.
     Na Roma antiga, sob Tibério, o Senado promulgou uma lei proibindo os homens de vestirem seda. Seu emprego foi condenado como um luxo indecente, pois 'velava o corpo das atrizes e cortesãs sem nada dissimular'.
     No século 4, toda a decadente sociedade romana se vestia com seda. O preço subira tanto que o seu peso era pago em ouro.
      Durante o império Bizantino, foi largamente usada nas vestimentas clericais como simbolo de opulência e poder. Foi adotada pelos senhores feudais e suas cortes. Com Luis  XIV era pesada e trabalhada com pedras e metais. Com Luis XV, leve e insinuante. Logo após a Revolução Francesa, tornou-se de mau gosto.
     Nas duas primeiras décadas do século XX com a queda dos espartilhos e dos vestidos estruturados, aparece como sinal de liberdade para o corpo da mulher. O estilista francês Paul Poiret, que usava fartamente a seda dizia: 'Gosto do modelo simples, apenas tocando o contorno da figura e jogando sombra e luz sobre a forma que se move'.
     A criação do bicho-da-seda chegou ao Brasil no século XIX durante o reinado de D.Pedro II, que criou em Itaqui (RJ) a Companhia  Imperial Seropédica. O grande salto se deu durante a Segunda Guerra Mundial. Com os grandes produtores internacionais envolvidos na guerra, o Brasil pode entrar no mercado internacional. As criações se espalharam por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Posteriormente, por volta da década de 80 do século XX, o Paraná tornou-se o principal produtor do país, seguido por São Paulo (37%, na época)a e por Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina."

Fontes: Jornal Folha de São Paulo e informações que meu tio José Joffily  ( o tio Ziu, irmão do meu pai Guilherme) me enviou e que fazem parte do meu arquivo. E que me levou a buscar estas informações foi um texto postado pela escritora Marcia Frazão, onde ela afirma: "Não adianta mudar de bairro, inventar trajetórias de vida, tentar refinamento patético, pois como dizia minha avó Vita: 'pela compostura se vê ou a estopa ou a seda'. Trata-se de um sábio ditado popular que as minhas avós Marieta e Clotilde também deviam
conhecer, inclusive por terem sido professoras e formadoras de opinião nas escolas onde passaram grande parte das suas vidas. Minha avó Clotilde era uma apaixonada pelo ensino. Para finalizar, resta esclarecer que estopa é pano de chão. 
     Em tempo: fiquei de postar sobre a história da lingerie. Mas fazendo uma pesquisa no que já postei, vi que há nos arquivos do meu blog vários textos sobre a história da lingerie. 















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