domingo, 31 de agosto de 2014

AS MULHERES E O TRABALHO NA INDUSTRIA DA MODA










     

" PUC - RIO DE JANEIRO - VESTIBULAR  2012

Questão número 2 (valor 3,0 pontos)

AS MULHERES, A IMIGRAÇÃO E O TRABALHO. QUASE NADA MUDOU ...

Uma das tragédias que marcam o mundo do trabalho feminino em tempos modernos foi o incêndio ocorrido, em Nova York, no dia 25 de março de 1911, na grande fábrica de blusas femininas Triangle Shirtwaist Factory. 80% dos trabalhadores da fábrica eram jovens mulheres e meninas de 15 a 18 anos, subcontratadas por empreiteiros terceirizados, ganhando centavos por peça produzida. A maior parte delas morreu.


Cem anos após a tragédia, estudos revelam que 67% das empresas de vestuário de Los Angeles e 63% de Nova York não pagam salário mínimo, nem respeitam o horário de trabalho de suas costureiras, em sua maioria, asiáticas e latino-americanas. Em São Paulo, há inúmeras confecções clandestinas, com imigrantes da Bolívia, Paraguai e Ásia trabalhando 14, 16 horas por dia, ganhando miséria por peça. Muitos dormem no lugar do trabalho, sem qualquer proteção da lei.
(Adaptado de Mauro Santayana, Coluna Documento, Jornal do Brasil, 14 de março de 2010, p.A14).

a) Explique uma característica dos grandes centros metropolitanos atuais que contribui para a atração de investimentos industriais do setor têxtil.


b) Identifique uma condição do gênero feminino que é levada em consideração pela atual legislação brasileira que rege o trabalho.


Nota: Em 1975 a ONU (Organização das Nações Unidas) escolheu a data 8 de março para lembrar o longo caminho de conquistas de direitos, obtidos por meio de lutas, pois nada nos e´dado de graça.
     Mas por que dia 8 de março? A data possui na sua origem, versões distintas. Apresento aqui um resumo das origens. 
     
     
A versão mais aceita conta que em 8 de março de 1857 trabalhadoras têxteis da fábrica de tecidos Cotton, em Nova York, paralisaram os trabalhos e organizaram a primeira greve norte-americana, unicamente conduzida por mulheres. Reivindicavam melhores condições de trabalho e redução da jornada de 14 para 10 horas diárias. No dia 8 de março daquele ano, os patrões fecharam as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, 127 operárias têxteis ou artesãs morreram carbonizadas. Por proposta de Clara Zetkin (1857-1933) famosa ativista dos direitos femininos, em memória das tecelãs, o dia 8 de março foi declarado o Dia Internacional da Mulher, homenageando as mulheres do mundo inteiro que lutam pela paz, pela democracia e por uma vida digna e justa.
  A versão acima, que se encontra no livro "O Brasil tem estilo?", editado pelo Senac, embasou as lutas feministas nas décadas de 1960 e 1970 e serviu de inspiração para a criação da data oficial pela ONU, pela Unesco (em 1977) e pelo prefeito de Nova York (em 1978).
      De acordo com o site "Mundo Jovem, um jornal de idéias" - PUC-RS -- nos últimos vinte anos diversos estudos têm apontado que o incendio de 1857 foi ficticio. Mito criado? A pesquisadora canadense Renée Cólé deu inicio às discussões ao lançar o livro "O dia internacional da mulher" - os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março até hoje confusas, maquiadas ou esquecidas.   
















curiosidades:lkjhgfSegundo dados do Dieese � Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos � www.dieese.org.br � as mulheres correspondem a 41% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil e mais de um quarto das famílias são chefiadas por elas. Mas nem tudo são flores. Pela pesquisa, as mulheres possuem maior nível de escolaridade que os homens, porém não ocupam funções compatíveis com sua formação, além de ter remuneração menor se comparada ao sexo oposto.



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