sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O QUE É INTUIÇÃO?




     A intuição vem a ser o ato de perceber, discernir, o ato ou capacidade de pressentir.
      

     Todo artista tem um lado de oráculo: ele prevê, profetiza ou advinha aspirações, sonhos ou desejos humanos. Um exemplo: quando criou as bijuterias,numa época em que as mulheres ainda só usavam jóias, Gabrielle Coco Chanel previu que a mulher da segunda metade do século XX iria valorizar  sobretudo a praticidade. Antecipando-se, Chanel criou a bijuteria nos 30/40 e declarou "o que vale é o efeito e não os quilates". 
     Outro exemplo: ao lançar o "New Look" (um estilo luxuoso, baseado em ricos tecidos, fartas e amplas saias) o estilista Christian Dior previu que seus contemporâneos ansiavam conviver com formas sonhadoras, sobretudo porque a realidade era de racionamento, escassez e de pobreza  numa Europa destruída pela Segunda Grande Guerra. E o "New Look" de Dior explodiu feito "uma bomba atômica" com o seu estilo requintado, que exibia formas precisas e ultra femininas, num momento em que as mulheres haviam até se esquecido da sua feminilidade e trajavam pesados e sisudos conjuntos que mais pareciam uniformes militares.
     Dior com o "New Look" captou o inconsciente coletivo da época, e ajudou a reerguer a indústria têxtil francesa. Chanel, ao inventar a bijuteria, antecipou um estilo baseado na  praticidade que só ficou consagrado após os anos 60. 
     Na história da moda há diversos exemplos de estilistas que são criadores e usam e abusam de sua intuição para lançar novas formas. Ou seja, eles captam, através da contemplação, da observação, verdades diferentes daquelas que se atinge por meio da razão ou do conhecimento analítico. O artista, o criador caminha no sentido oposto ao famoso pragmatismo, voltado para a ação imediata, e que é praticado, atualmente, pela maioria das pessoas.














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