Tecer, utilizando o raciocínio, uma versão da história nacional ... Relacionar fatos ajuda a entender alguns caminhos percorridos. Ter um sentido de tempo ajudar a compreender o passado, ajuda a compreender o hoje.
O fio da memória tece um caminho que pode ter como marco a Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, o que "morreu no dia 21 de abril e que foi traído mas não traiu jamais a Inconfidência de Minas Gerais."
Cantado em prosa e verso, tema de samba-enredo, tema de filmes, tema de pinturas, tema de livros de história, Tiradentes entrou, erroneamente, para a nossa história como inconfidente. É preciso esclarecer: ele foi fiel, fidelissimo à terra brasileira. Apenas foi infiel a Portugal, ao reino português porque desejou transformar o Brasil-colônia em uma próspera República.
Nos fins do século XVIII, a capitania de Minas Gerais estava vivendo uma vida atribulada. Muitos anos antes, tinham sido descobertas, naquelas terras, riquissimas minas de ouro e diamantes e isso em vez de ser uma felicidade, foi para o povo mineiro um verdadeiro inferno. O governo português viu que tinha, no Brasil, uma riqueza inigualável e então empregou todos os esforços para que essa riqueza não lhes escapasse das mãos. Desta forma tomou uma série de medidas para manter a colônia ainda mais dependente da Metrópole:
Proibiu que se abrissem estradas,
proibiu que se abrissem escolas para instruir o povo,
proibiu que se abrissem casas de jóias,
proibiu o ofício de ourives,
proibiu o oficio de sapateiro,
proibiu o serviço de correios (para que a colônia não tivesse contato com os povos de outros países).
Manteve a proibição de fabricar tecidos, para que todos só vestissem tecidos fabricados em Portugal ou em paises europeus com os quais Portugal tinha livre comércio.
(daqui a dois dias postarei a segunda parte de Tiradentes e a história da moda no Brasil. O blog está aberto para participações, comentários, dúvidas, questionamentos, etc) Obrigada pela atenção.
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