sábado, 31 de maio de 2014

A BUSCA DE UM ESPÍRITO NACIONAL NO VESTIR




Foto: Por que temos que representar o Brasil sempre como naif ????








     Zapeando pela internet, pelo facebook , pelas redes sociais. A busca de um espírito nacional: será que existe neste mundo global (vale relembrar Mc Luhan) um sistema isolado? Pode-se crescer ao  se armar contatos com culturas que tenham mais experiência que a nossa?



     Existe uma falta de colorido nacional em nosso estilo de trajar? Mas qual seria este colorido? E ele precisa, ele necessita ser explícito? Será que não é o caso de se fazer menção às particularidades regionais com certa brevidade, sem a insistência do regionalismo que pode acarretar uma mitificação nacional, que,  aliás, sempre se especializa em se alimentar da exploração  de aspectos regionais?
     

     Onde falta, no nossa maneira de trajar, o amor às nossas coisas - ou seja à natureza, às questões sociais, , à nacionalidade?
Será que este estilo, que alguns dizem que muitas vezes é uma mera cópia - não retrata, na essência, esta nossa brasilidade? Será que precisamos nos apoiar no cajado do pitoresco e do exótico?

     
Ontem, Nelson Motta afirmou (jornal O Globo, edição de 30/05/2014) que quando Nelson Rodrigues disse  " a vitória da Copa de 1958 nos livrou do complexo de vira-latas", ele, Nelson, entendeu que  "nos livramos do complexo porque nos assumimos como vira-latas bons de bola". 
      E ele concluiu o seu raciocínio dizendo, brilhantemente: " Sim a vira-latice étnica e cultural é uma de nossas características mais fortes, para o bem e para o mal,e isso não há Copa nem metáfora genial que mude. Nesse sentido, ninguém é mais vira-latas do que os (norte) americanos, que também são cachorros grandes do mundo." 

      Na na coluna "Gente Boa", jornal O Globo, edição de 30/05/2014, Domenico De Masi, autor do conceito do "Ócio Criativo" afirma que o "Brasil é uma das nações mais capacitadas para praticar o novo modelo de vida adequado à sociedade pós-industrial. E diz: "a mistura é a maior contribuição do Brasil para o mundo. A mestiçagem é o futuro do mundo. O Brasil é o primeiro país a inventar a mestiçagem. Foi aqui que a célebre frase de Marx se cumpriu: 'Proletários de todo mundo uni-vos.  eles se uniram, não para fazer luta de classe, mas para conviver. (...)" Quem não leu Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro não merece dizer que é brasileiro", declarou Domenico De Masi. Tomo a liberdade de acrescentar à lista do Domenico De Masi, o  nome do Antonio Candido, que afirmou ser a novela (então) das oito, agora das 21 horas da TV Globo, o nosso elo de unificação nacional, pois dita moda, modismos, comportamentos, posturas, maneiras de ser, maneiras de falar, etc.

     Nesta página, escaniei imagens de alguns dos profissionais que buscam imprimir uma cultura brasileira no artesanato, no pensamento,  no comportamento, na estética.  Que buscam gerar, cada vez mais, um jeito de ser  na indústria da moda nacional. Aqui estão Beto Neves, Airton Splenger, Teko Semente,  Walter Rodrigues, Denis Linhares -( o criador de chapéus no Rio de Janeiro), Instituto Zuzu Angel que brevemente vai inaugurar no Rio de Janeiro a exposição "Ocupação Zuzu", Instituto Colibri que busca os caminhos da sustentabilidade inclusive capacitando a mão-de-obra local, em Paraty (RJ)  Lygia Duran e Ronaldo Fraga.

     Estou desde ontem pensando nestas questões. E ainda não cheguei à uma conclusão. E você o que acha?  Envie, por favor, a sua opinião.






Foto













ronaldo-fraga-spfw-v14-01Foto: Espero por vces!

Nenhum comentário:

Postar um comentário