CAMISETA: UM PERSONAGEM QUE FAZ HISTÓRIA

     A camiseta se desenvolveu, faz tempo, de uma mera peça de uso e proteção do corpo para um "personagem que faz história", tanto na ficção como no dia-a-dia, na vida de todos nós. 
     Tornou-se um fator cultural, absorvendo e domesticando elementos da moda e da própria contra-cultura. Na simbiose "camiseta e jeans" já representou e ainda representa um modo de vida, em parte descontraído, em parte contestatório da juventude. 
     


Sendo confortável e livre, superou o formalismo que reinava, em maior ou menor grau, até meados do século XX, na vestimenta e, até certo ponto, na moda. Acompanhou e registrou, na forma "unissex", os movimentos de libertação feminina.
     Como outdoor ambulante serviu e serve de fácil e eficiente veículo para propaganda de todo o tipo, e também para denunciar, no Brasil,   violências:  desaparecimento de seres humanos, assassinatos. Também é um veiculo para apresentar propostas de grupos, de partidos políticos, etc.
Enfim, mais do que os demais elementos da vestimenta e da moda, a camiseta "tornou-se um dos principais instrumentos de integração nacional", pois é usada por todas as classes sociais, independente de sexo, idade ou raça/etnia. 
Nas imagens, acima, a capa da "A História da Camiseta", livro-brinde, patrocinado pela marca Hering e mais: a camiseta e o personagem Pato Donald e a camiseta no carnaval.  Abaixo, a camiseta no movimento  "Diretas Já", em 1984; a camiseta no cinema/Hollywood que espalhou para o mundo o "american way of life", a camiseta flower power ( numa tradução literal, "o poder das flores") a ideologia da não violência dos hippies dos anos 60 e, no extremo oposto ao flower power, a camiseta/denúncia, muito (infelizmente) usada atualmente, na segunda década do século XXI, no Brasil, pelos pais e sobretudo, pelas mães que têm filhos desaparecidos e que se organizaram para denunciar a dor e a justa revolta gerada pelo (inexplicável) sumiço/desaparecimento dos seus filhos, através da ONG "Mães do Brasil". 
     Agora, no segundo semestre de 2014 será inaugurada no Rio de Janeiro uma delegacia especializada em desaparecidos. 

Bibliografia: ""A historia da camiseta", livro-brinde, editado pela Hering, 1988 - Idealização Ruth Joffily;coordenação-geral de Ruth Joffily e Luiz Antonio  Aguiar.Planejamento editorial e gráfico: ACI - Assessoria de Comunicação Integrada; Supervisão Geral: Ana Lúcia Bizinover e Sueli Maria Groetzner; direção de arte Ricardo Leite, arte-final Guilherme Sarmento, pesquisa de imagem: Eliana Mattar.
 Autores: Edgard Arp, Domingos Demasi, Vitalina Alves de Lima, Fernando de Barros, Luiz Carlos Maciel, Iza Smith e Aragão, Celso Japiassu, Silvia Simas, Iesa Rodrigues, Sergio Augusto, Costanza  Pascolato e Miro, Elda Priami e Cibele Clark, Roberto Muggiati, Olney Kruse e Roberto Barreira.