sábado, 7 de junho de 2014

JORNALISMO DE MODA - UMA PASSARELA ENTRE O GLAMOUR E O PRECONCEITO






     "Para Costanza Pascolato, uma das mais respeitadas profissionais do segmento fashion, o jornalismo de moda não precisa ser fútil e "depende de quem faz". Diz isso com a autoridade de quem está no mercado há mais de 30 anos, como empresária e consultora de moda, depois de atuar como jornalista em algumas das mais importantes revistas, como a Vogue, na qual escreva há cerca de 14 anos. 
     


     
Começou a fazer jornalismo de moda em São Paulo, como editora da revista Claudia, nos anos 70, "uma época em que a dona-de-casa estava saindo da casa grande e da senzala para uma era mais revolucionária", diz, fazendo questão de relatar o conselho que recebeu de Victor Civita, dono da Editora Abril: Você está fazendo uma revista nacional, então levanta o bumbum e vai conhecer o Brasil.", lembra Costanza, afirmando que a indicação lhe deu uma visão mais realista da diversidade de "modos e modas" incorporados pela população brasileira. 
     Em sua passagem pelo jornal Folha de São Paulo, nos anos 80, quando esteve na redação do suplemento Folha Ilustrada, percebeu muitos olhares de desconfiança. "Aí começamos a trabalhar para ganhar respeito da redação, muito mais do que o do público." O resultado foi bastante positivo, analisa Constanza, que diz ter se sentido recompesada quando viu seus textos sendo utilizados em aulas dos cursos de jornalismo de moda."

     ---"Para se tornar um bom jornalista de moda é preciso conhecer as principais publicações de moda no mundo e no Brasil, ler livros e ver filmes relacionados ao tema - aconselha a jornalista Adriana Bechara. (...) Ela acha que por causa da escassez de cursos os jornalistas de moda devem recorrer a toda informação disponível. Para Adriana, só há uma forma de o jornalista conhecer o mercado, que é acompanhar tudo o que sai publicado e assistir aos programas com frequência."

     

     "Simone Serpa, editora de moda da revista Manequim (editora Abril) também dá algumas dicas para o profissional de jornalismo que deseja se especializar. Diz ela que antes de mais nada é preciso passar por várias editoriais e que o repórter da moda tem que ter uma visão estética aguçada. Numa revista, por exemplo, o texto é fundamental, pois a notícia tem que parecer atual durante o mês inteiro, ou seja, por toda uma temporada de moda. Ela afirma que no circuito das revistas femininas "o jornalismo se abriu muito, deixando de ser ideológico para ser mais produto e nesse sentido adquiriu mais valor. Melhorou o mercado, que passou a ser assunto de interesse mais amplo."
     
     Quanto ao salário, Simone diz que um repórter numa editoria de moda ganha em média R$ 3 (três) mil reais por mês. Mas faz questão de ressaltar que no jornalismo de moda não há espaço para estrelismo:
     --- Neste ramo, quando alguém vira estrela, monta o seu próprio negócio e sai da redação - conclui

(texto da reportagem "Jornalismo de moda, uma passarela entre o glamour e o preconceito, de José Reinaldo Marques, editado, em 2005, no jornal impresso e no jornal on line (internet) da ABI _ Associação Brasileira de Imprensa. Amanhã, dia 8/06/2014 vou continuar, com uma terceira parte)















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